Um trecho de “A Metáfora Narrativa em Terapia Familiar | Uma Entrevista com Michael White”
Quais foram as possibilidades que essa história ou metáfora narrativa abriu em seu trabalho terapêutico?
Quando as pessoas consultam terapeutas elas contam histórias. As pessoas não vem, se sentam e usam a palavra “depressão”. Em vez disso, eles dizem: “Eu tenho me sentido deprimido ultimamente e é algo que está piorando. Se eu pensar nos últimos três ou quatro anos, posso identificar alguns eventos que contribuíram para isso. Deixe-me contar sobre eles… ”.
As pessoas são bastante específicas sobre como esses eventos de suas vidas estão ligados uns aos outros em sequência. Elas também são muito específicas sobre o tempo. Um casal pode dizer: “Então, isso nos leva até três meses atrás. Então tivemos outra crise em nosso relacionamento, e isso foi em junho ou maio. Na verdade, foi no início de junho. Agora é setembro e vamos lhe dizer onde estamos em nosso relacionamento.”
A metáfora narrativa me encorajou a prestar mais atenção na dimensão temporal da vida das pessoas, e como esse recontar dos eventos influenciou no desenvolvimento das experiências dos problemas sobre os quais as pessoas buscam consulta.
As histórias que as pessoas contam sobre suas vidas também são moldadas por temas específicos – como perda, tragédia, e assim por diante. Esses temas têm uma trajetória histórica e envolvem muitas das figuras das histórias das pessoas. As orientações das pessoas para o que elqs entendem ser os problemas de suas vidas, são significativamente influenciadas por esses temas. Observações desse tipo, que são informadas pela metáfora narrativa, possibilitaram que eu pensasse mais amplamente sobre os problemas que as famílias estavam trazendo para a terapia e, em resposta a isso, entrei em explorações mais significativas dos vários elementos da narrativa. Neste momento, também comecei a pensar em como poderia ser mais eficaz engajar as pessoas em conversas que identificassem e dessem sentido a alguns dos eventos mais negligenciados de suas vidas, e isso levaria esses eventos a enredos alternativos que abririam lacunas em seus relatos saturados. Engajar-se com a metáfora narrativa no desenvolvimento da prática terapêutica nos convida a pensar em como podemos incentivar as pessoas a fazer o que rotineiramente fazem – colocar os eventos de suas vidas em histórias – mas em relação a alguns dos eventos mais negligenciados de suas vidas. Isso abre possibilidades para o desenvolvimento de práticas terapêuticas mais descentralizadas do terapeuta e a centralização nas habilidades de construção de significado das pessoas que nos consultam. Esta tem sido uma das grandes atrações para mim sobre a metáfora narrativa.
Existem outras coisas que o atraíram para a metáfora narrativa?
Muitas vezes penso em como existem muitos paralelos entre habilidades terapêuticas eficazes e habilidades de mérito literário. Bons escritores têm um modo de engajar ativamente a experiência vivida e a imaginação do leitor, além convidá-lo para novos territórios. Há algo sobre a estrutura do texto em histórias bem formadas que passa a ser um exercício do leitor. O enredo não está totalmente escrito, e o leitor tem que preencher muitas lacunas neste enredo para se manter envolvido com o texto. Em textos bem formados, essas lacunas não são tão grandes a ponto de frustrar e exaurir o leitor, e não são tão pequenas a ponto de aborrecer o leitor. Não apenas a leitura desses textos de mérito literário exercita o leitor, como também os expande de muitas formas. Existem outras lacunas que são definidas em um texto bem formado. Bons escritores encorajam os leitores a tirarem suas próprias conclusões sobre os motivos de diferentes personagens na história, e sobre suas pré-disposições, intenções, atributos, características, e assim por diante. Isso desencadeia a pressuposição, que envolve o leitor de forma muito dramática com o texto. Como terapeuta, acredito ter uma tarefa um pouco semelhante. Nas conversas terapêuticas, vejo que minha tarefa é como construir um andaime, através de minhas perguntas, que é o exercício e o alongamento das famílias que me consultam e que possibilitam que entrem em alguns dos territórios menos explorados de suas vidas.
Você pode, talvez, oferecer um exemplo de como isso ocorre em uma conversa terapêutica, das maneiras pelas quais você promove conversas terapêuticas?
Vou usar o exemplo de uma família que está lutando com um problema que é considerado crônico e intratável. Tendo explorado alguns dos efeitos que esse problema está tendo sobre a vida dos membros da família e sobre seus relacionamentos uns com os outros, eu invariavelmente descobri que os mesmos já tomaram atitudes que podem não ter sido previstas e que não estão diretamente relacionados ao problema, àquele território que já está saturado na vida dessa família. Neste ponto, geralmente me pego pensando sobre os tipos de perguntas que podem ajudar os membros da família a atribuir significância a essas etapas – que criariam as condições aos membros da família de carregar esses eventos com significado.
Eu faria perguntas como: “Isso combina com o que o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) planejou para a vida de James? Ou representa algum outro desenvolvimento? O que você acha, James? Você estava fazendo o que o TDAH estava lhe dizendo para fazer, ou isso era outra coisa? Vejamos o que o TDAH tem feito em sua vida e veja se o que você fez aqui se encaixa nisso.”
Quando descobrimos que não podemos encaixar este ou aquele evento no enredo dominante, os membros da família podem ser encorajados a atribuir significados alternativos a esses eventos. Tem outras perguntas que podem fornecer assistência aos membros da família. Eu poderia dizer: “Se dermos um nome a esses passos, se esses passos tiverem a ver com outro tema em suas vidas, um que seja diferente do tema associado ao problema, como o chamaríamos? Que possibilidades esse outro tema potencialmente traz para suas vidas e relacionamentos? Onde você está nesse desenvolvimento? Por exemplo, como isso é para você e como você se sente em relação a isso?”
Invariavelmente, os membros da família julgam esses passos como sendo desenvolvimentos positivos, e eu posso então perguntar por que eles os julgariam assim. Este inquérito fornece aos membros da família uma oportunidade de falar sobre os propósitos que têm para as suas vidas que, raramente, ou nunca, deram expressão antes. Em resposta a conversas prolongadas sobre esses propósitos, os membros da família frequentemente nomeiam, pela primeira vez, o que é associado a esses propósitos – sonhos específicos, esperanças, aspirações, anseios, compromissos, visões e assim por diante. As perguntas que moldam essa investigação contribuem para o desenvolvimento de possibilidades para que os membros da família carreguem essas etapas com significância. Uma vez feito isso, me interesso em saber como os membros da família prepararam o caminho para essas etapas: ‘Quais foram os fundamentos que tornaram esses passos possíveis? O que veio antes destes passos, e o que preparou o caminho para eles? Eu não acho que isso veio do nada, então estaria tudo bem se tivéssemos uma conversa sobre o que preparou o caminho para isso?” E assim por diante. Poderíamos então continuar a refletir sobre esses passos e sobre o que eles falam sobre os propósitos, intenções, esperanças, valores e qualidades pessoais dos membros da família.
Bem interessante esse formato… gostaria muito de poder entender melhor esse passo-a-passo da técnica… vou procurar pesquisar mais.
Na entrevista, M. White fala da metáfora narrativa na terapia. Podemos, também, claramente perceber o quanto a metáfora narrativa amplia as narrativas e permite a descrição dos personagens a partir de outros parâmetros quando estamos em uma conversa de mediação de conflitos familiares também. Normalmente, quando a conversa da mediação chega no ponto dos propósitos e esperanças, “nascem” novos personagens capazes de interações muito mais produtivas.
Interessante como a ampliação na narrativa invariavelmente traz aspectos mais positivos à história do indivíduo e dos que o cercam.
Gostei muito da metáfora que White usou sobre as perguntas terapêuticas sendo como um andaime, para permitir um alongamento e a criação de um caminho para um novo espaço. Um ponto que veio em outro momento desse curso é sobre as perguntas que instigam as conversas serem feitas de um lugar genuíno de não saber a resposta, e acho que o andaime que ele ilustrou aqui é isso. É só uma ponte que permite que a pessoa atravesse e vá para onde quer e pode chegar, mas o próprio terapeuta nunca sabe esse local antes de cliente revela-lo. Talvez eu esteja errada, mas me fez pensar o terapeuta se colocando em um lugar mais humilde, de não saber a resposta e ser apenas um suporte.
Fiquei um pouco confusa com os exemplos de perguntas à família citados no texto, acho que por não saber o contexto exato em que as perguntas foram feitas. Adorei a relação dessa abordagem com o enredo que o autor constrói na literatura.
Prezada Isabela Oliveira Boitar, muitíssimo obrigada pelo comentário! Adoraríamos sanar sua dúvida, para tal sugerimos que nos envie um email ([email protected]) dizendo um pouco mais sobre a mesma. Vai ser um prazer respondê-la. Att, Equipe Reciclando Mentes.
Sobre a Metáfora Narrativa, acredito que cabe ressaltar que ela ajuda ao sujeito tirar o peso da culpa que está sobre si e o leva a nomear certos aspectos do problema ou o próprio problema, de modo que se torne algo nomeavel a seu modo e o ajude a entendê-lo e o leve a tomar decisões sobre o que fazer a respeito para eliminar o problema ou conviver pacificamente com ele.
As perguntas narrativas são possíveis quando nos colocamos a “estranhar o óbvio”, aquilo que consideramos ser óbvio no relato. Requer de fato uma mudança de paradigma. Acho a parte mais fundamental e difícil do processo…
Sim, Carol, concordo com você. “Estranhar o óbvio” é devolver ao humano a possibilidade de ele ser complexo, com suas idiossincrasias e individualidades! É vê-lo como único! 🙂
Muito me acrescentou as maneiras de colocar os questionamentos. A forma como o problema fica separado das pessoas e também como coloca na nelas o potencial de responder da maneira mais funcional para sua própria vida.
Muito me acrescentou as maneiras de colocar os questionamentos. A forma como o problema fica separado das pessoas e também como coloca na nelas o potencial de responder da maneira mais funcional para sua própria vida…
A metáfora narrativa de Michael White, com a utilização dos andaimes, propicia alongas as histórias conhecidas, abrindo espaço para novos significados de situações já vividas, possibilitando criar novas histórias, a partir desta nova perspectiva.
Achei interessante o incentivo das atribuições dos significados alternativos, pois não limita o evento e, permite possibilidades de uma nova história e de novos diálogos.
Possibilidades de novas histórias, esta é a chave da metáfora alternativa de White. Histórias estas traçadas de enredos da vida do co-autor, que construirá uma sua nova história de vida, colocando-a no lugar da história-problema-dominante.
A metáfora narrativa é a objetificação do problema, o que faz com que a pessoa/família/comunidade possa se ver descolada do mesmo e assim acessar mais facilmente histórias alternativas.
Muito bom os exemplos de perguntas para a família para estimular novos entendimentos a respeito das relações. Criar histórias alternativas e enfatizar qualidades e recursos da família e não apenas problemas e/ou adoecimento.
A metáfora narrativa proposta na terapia é de incrível aplicação. Penso na necessidade do terapeuta fornecer direcionamentos e decodificações de informações para facilitar a reflexão e interpretação pelo paciente. É preciso ajuda, mas ele se constitui como autor de sua própria vida.
Syrleine, psicóloga em Natal/RN. Penso que a metáfora e o seu significado escolhidos em um contexto de conversações são muito importantes. Inicialmente porque trás o lúdico para o contexto terapêutico, essa ferramenta pode ser trabalhada com crianças, adolescentes, adultos, família e casais e grupos e podem tornar a linguagem mais leve.
A metáfora também ajuda a desencadear narrativas que ás vezes foram esquecidas pelas pessoas, pois quando elas contam uma história, escolhem alguns elementos em detrimento de outros e assim possibilitar nova investigações e construções de novos significados da experiência , sendo essa ampliada, refletida e explicada de outra forma.
Amo o uso de metáforas, pois ela ajuda a olhar de fora do problema como co- construtor de uma historia
Marilene Grandesso nos ensina que “vivemos imersos numa trama de significados que construímos no convívio com os outros, nas relações e conversações das quais participamos nos nossos múltiplos contextos de vida e nos limites e dimensões de nossa linguagem”. São novas narrativas contidos de diversos significados.
Essa entrevista me ofereceu um bom suporte para compreensão sobre como ocorre o desenvolvimento de uma sessão de terapia narrativa. Eu diria que o terapia narrativa explora profundamente a arte da escuta ativa e das perguntar com interesse genuíno pela resposta.
É sem dúvida uma linda modalidade de atenção à saúde integral dos seres humanos.
A meu ver a mola mestra na terapia é a arte de perguntar e da escuta. No caso da metáfora narrativa, escuta e perguntas que levem a produção de história narrativas alternativas, refugindo das histórias dominantes.
Eu gostaria de ter aprendido melhor como aplicar com a família.
Me identifiquei muito com a parte que questiona como as pessoas estão se sentindo, pois coincide com as práticas da CNV – COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA, por outro lado, na CNV não se buscar trabalhar a pessoa como terapeuta e sim dar subsídios para que as pessoas reflitam sobre seus sentimentos e necessidades e partir dessa reflexão consigam tomar decisões ou fazer escolhas a respeito daquilo que lhes incomodam.
Preciso entender melhor o uso de andaimes proposto por White para expandir a construção do(s) novo(s) significado(s) nos eventos extraordinários. Eu sinto falta de uma base teórica que me oriente para isso. Quando temos uma metáfora (imagem escolhida, criada) sobre o problema (o monstro, por ex.) / ou o contra-problema, as perguntas tornam-se menos difíceis na conversação, mas chegar em uma metáfora usando as perguntas não tenho achado fácil.
Importantíssimo conhecer o processo do Michael White de despertar para a percepção dos caminhos das histórias narradas por quem o procurava, que era sempre com uma cronologia de tragédias. Além disso, ele observou que os temas permaneciam recorrentes nas consultas subsequentes. Usar o mesmo caminho para a construção das histórias alternativas foi absolutamente genial. Fiquei encantada com as reflexões sobre a literatura e suas estruturas textuais e a relação com o atendimento terapêutico. Ass. Simone Mattos
Histórias alternativas, ou metáforas narrativas, para falar sobre o problema, além de fugir da história dominante, onde está preso contador, acolhem uma multiplicidade de outros enredos na vida desta pessoa. Estas metáforas, ou seja, uma outra forma de dizer o problema, abrem o lúdico de quem conta, semelhante a um contexto literário tornando a história de vida mais rica e propensa à novas visões que estavam ocultas
A metáfora narrativa, traz um modo bastante criativo e inovador de eficácia terapêutica. Quem já leu um bom romance e entrou na magia da história, onde na imaginação recriamos o texto do autor, nos transformando, pode facilmente entender o método de White. Utilizar estes instrumentos literários na terapia, de modo a produzir no co-autor, através dos enredos alternativos, um mundo de imaginação e de novos significados para a sua vida, pode acarretar grandes possibilidades de transformação na vida dessa pessoa.
Notei que a efetividade do processo terapêutico depende muito da habilidade do terapeuta em elaborar perguntas adequadas e oportunas. E também em ser um ouvinte acolhedor e com capacidade de ouvir na essência.
Com nossa formação tão voltada para apresentar respostas rápidas para as pessoas, fico pensando como é desafiador buscar por histórias alternativas e encorpá-las. Talvez o primeiro passo, o de buscar por outras histórias que não estejam na história dominante seja um pouco mais simples, mas entendo como o principal desafio a atividade de enriquecer essas outras histórias. Muitas vezes a ideia tão centralizada de que somos o problema dificulta muito o caminho para deixar estas histórias alternativas mais ricas, e entender as potencialidades que existem em nossa própria vida.
Todas as pessoas têm várias histórias. Uma só não pode definir uma pessoa, rotulando ou diminuindo-a.
À medida em que vamos conhecendo as “Obras completas” do outro, não temos mais como reduzi-lo a uma frase ou uma única faceta de sua personalidade. Eu adoro presenciar o desabrochar do outro e o seu engrandecimento perante suas próprias circunstâncias. Aos poucos, ao recontar sua história, o outro vai ganhando POTÊNCIA, e vai conseguindo escrever conscientemente os próximos capítulos.
Pelo que entendi, a técnica da Metáfora Narrativa, permite que se crie uma forma de ampliar olhar do cliente para além do problema e identificando outros caminhos. Isso exige do terapeuta muita escuta e a habilidade de realizar as perguntas certas. Vou buscar mais a esse respeito.
Sempre que leio as entrevistas do Whiete eu fico maravilhada com a forma como ele conduz as perguntas narrativas durante o processo terapeutico.
A técnica Narrativa, ao que me parece, permite expandir a “novos territórios” que não são explorados. Entendo que por meio de perguntas curiosas, fora do comum , reflexivas, permitem encontrar outras histórias alternativas a da situação problema.
A minha impressão foi que o terapeuta tem uma curiosidade genuína de junto com famílias conhecer as historias alternativas. um caminho que abre a várias possibilidades.
Estes tipos de perguntas sugeridas por M. White ampliam as possibilidades da historia da pessoa onde o problema não foi dominante. Essa busca e este encontro das exceções debilita o impacto do problema sobre a historia de vida da pessoa e da familia. Reconhecer estes momentos únicos traz de volta esperanças diluidas.
É muito rico perceber como o Michael White permite que a própria família e/ou o próprio paciente encontre suas próprias respostas. Essa é uma mudança de paradigma realmente fantástica que as Práticas Narrativas oferecem, pois não colocam os pacientes como passivos, mas os colocam totalmente ativos dentro do processo psicoterapêutico, em uma troca amplamente enriquecedora com o psicólogo. O psicólogo não é dono do saber, não é um dominador de técnicas, mas sim alguém que também aprende no processo.
Gosto da metáfora com a construção do texto feito por um autor na literatura e é sempre muito interessante ouvir que Michael White faz com o cliente/paciente/família possam encontrar seus próprios caminhos de mudança de uma situação problema para um novo cenário de evolução.
Gostei muito dos exemplos das perguntas que ele falou na entrevista, é muito bom para termos uma noção de como podemos formular as perguntas para os nossos pacientes.
Quando li o exemplo de Michael W. me fez pensar na importância de auxiliar os pais na construção de histórias alternativas às crianças que chegam no contexto clínico com diagnóstico fechado (dominante), como no exemplo citado por ele (TDAH), envolvendo habilidades, potencialidades, etc.
Importante incluir e fazer um trabalho junto a escola nesse processo de validar significados alternativos à história dominante.
Penso que dar sentido a outras experiências que foram negligenciadas e que trazem outras possibilidades ainda não exploradas é algo difícil, mas possível em nossas vidas e no meu trabalho como psicóloga.
Me chamou muito a atenção a importância de incentivar as pessoas a colocarem os eventos de suas vidas em histórias. Essa técnica abre possibilidades de técnicas terapêuticas descentralizadas no profissional e centralizadas no cliente, entendendo que o cliente tem habilidades de ressignificar sua vida, dando um novo sentindo a sua história.
Gostei muito do conceito de metáforas narrativas. Penso que poderíamos pensar nelas como se fossem personagens atuando em um palco interno, ou mesmo, em um palco inter-relacional. Me chamou a atenção, a metáfora da elaboração das perguntas como a construção de um andaime, que tal como uma ponte redireciona a narrativa para outros focos, além de levar o foco para o narrador e não mais no terapeuta.