mosmosêNeste capítulo, vamos conversar sobre como as histórias são uma moldura importante através da qual damos sentido as nossas vidas. Em cada leitura e vídeo, convidamos você a ficar atento(a) às várias histórias de vida das pessoas, em vez de uma única história.
Este exercício de Jill Freedman e Gene Combs foi animado por Will Sherwin para te ajudar a visualizar o conceito de Terapia Narrativa de “vidas multi-históriadas“.
Para mais de Jill e Gene, você pode visitar a página narrativetherapychicago.com.
Para mais informações sobre Will Sherwin e Recursos de Terapia Narrativa da Bay Area, treinamentos e programas de rádio, você pode visitar sfbantr.org.
A novelista Chimamanda Adichie chama atenção para o fato que, se ouvirmos apenas uma única história sobre outra pessoa ou país, corremos o risco de um mal-entendido crítico. Em “O perigo de uma única história”, ela fala sobre como nossas vidas e nossas culturas são compostas de muitas histórias sobrepostas.
Incluímos aqui uma parte do texto influente e altamente popular de Alice Morgan, no qual ela fornece uma breve introdução à metáfora narrativa.
“O que é Terapia Narrativa?” Uma Introdução Fácil de Ler | Alice Morgan
Neste breve trecho, Michael White fala sobre as possibilidades que a metáfora narrativa abriu em seu trabalho terapêutico, o que o atraiu para a metáfora narrativa e oferece um exemplo de como a metáfora narrativa molda as conversas terapêuticas.
A Metáfora Narrativa na Terapia de Família | Uma entrevista com Michael White
Qual é a narrativa de nossas vidas – e podemos influenciar a forma como nossa história é contada? Michael White e Barbara Brooks, uma escritora de memórias, se juntam à produtora Gretchen Miller em uma conversa na Radio Nacional e Online ABC, para falar sobre as grandes narrativas de nossas vidas e sobre quanta influência nós temos sobre a maneira como nossa história se desenvolve.
Este capítulo propõe uma estrutura para considerar os direitos de contar histórias. Esperamos que isso desencadeie discussões sobre os direitos das pessoas que sofreram traumas / sofrimento social em relação a como suas histórias são contadas e recebidas.
“Terapia Narrativa | Um Capítulo do Direito de Contar Histórias, por David Denborough”
Declaração da Terapia Narrativa sobre o direito de contar histórias
- Todos têm direito de definir suas experiências e problemas com suas próprias palavras e termos
- Todos possuem o direito de compreender suas vidas com base no que já viveram e com base em suas relações com as outras pessoas.
- Todos têm o direito de convidar outras pessoas que são importantes para o processo de refazer suas vidas depois de um momento difícil
- Todos nós temos o direito de ficarmos livres de ter os problemas causados por traumas e injustiças localizados dentro de nós, internamente, como se tivéssemos alguma deficiência. A pessoa não é o problema, o problema é o problema.
- Todos têm o direito de ter sua resposta/ação reconhecida quando vivem um momento difícil. As pessoas sempre respondem/agem quando surge uma dificuldade em suas vidas.
- Todos têm o direito de terem suas habilidades e conhecimentos de sobrevivência respeitados, honrados e reconhecidos.
- Todos nós temos o direito de saber que aquilo que aprendemos quando vivemos momentos difíceis pode contribuir para a vida de outras pessoas em situações semelhantes.
Para refletir:
Como você descreveria a metáfora narrativa?
Pensando sobre as histórias dessa maneira, o que passa a ser possível para você?
Por favor, compartilhe seus pensamentos e reflexões abaixo antes de prosseguir para o próximo capítulo!
Não se esqueça de incluir de onde você está escrevendo (cidade e país). Obrigado!
Acreditamos nos variados fatores, físicos, psíquicos , sociais e outros mais , que irão interferir numa narrativa.
A mesma história pode ser contada e interpretada , de várias formas.
O módulo de hoje me fez perceber que atentar para a forma com que os acontecimentos são narrados não significa diminuir sua importância ou a dor que tenham causado, mas ampliar a perspectiva para a situação narrada. Há vários lados em uma história e consequentemente vários aprendizados. Se empoderar de sua trajetória não é ignorar a dor, mas torná-la possibilidades de gerar frutos, seja para si, seja para ajudar ao outro.
Nossas vidas tem vários contextos, e através da metáfora narrativa em terapia, podemos recontar as histórias de vida de maneiras não abordadas anteriormente, com o auxílio do terapeuta. Os aspéctos submersos nas histórias dominantes são tão importantes e podem trazer tantas outras possibilidades, e são nossas! Nesses aspéctos negligenciados estão contidas outras capacidades, as quais podemos nos apropriar e viver da maneira preferida, nos empoderando e capacitando de habilidades que temos.
Pensando assim, passa a ser possível para mim olhar outros aspéctos de minha história e de quais descrições me constituem, me capacitando daquilo que me empodera e me dá outras possibilidades. E, como terapeuta, enriquece a minha prática, ao investigar as histórias dos clientes a partir desta perspectiva, contribuindo para gerar alternativas possíveis e preferíveis.
Sou Glória, falo de Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil… reconheço como fundamental a compreensão da importância de se perceber que somos constituídos pelas narrativas que fazemos prá nós mesmos de nossas vivências … muito interessante essa ideia de que vou me construindo a partir das inter relações e o que delas absorvo passa a me constituir como verdades e a partir daí novas narrativas de quem sou, passa a fazer parte de minha história, de como me vejo e de como me defino… e isso é infinito, até que me conscientizo do processo e posso, pelo menos, duvidar das convicções que interiorizo a partir das narrativas que faço sobre quem sou… e descubro que posso “narrar” outras histórias… acho que deve ter ficado um pouco confuso, mas é assim que percebo e sinto.
Penso a metáfora narrativa como uma possibilidade de ver o problema de uma outra forma, resignificando as experiências e dando um novo curso para a vida. Todos temos histórias de dor e sofrimento e transforma las em experiências de vida è muito gratificante para nós enquanto terapeutas e pessoas interagindo com as dores do outro.
Marinalva Velasquez Campo Grande MS Brasil.
Penso a metáfora narrativa como uma possibilidade de ver o problema de uma outra forma, resignificando as experiências e dando um novo curso para a vida. Todos temos histórias de dor e sofrimento e transforma las em experiências de vida è muito gratificante para nós enquanto terapeutas e pessoas interagindo com as dores do outro.
Talvez tenhamos a necessidade de ser ouvidos mas principalmente a obrigação de compartilhar nossas experiências com o mundo se isso ajuda aos demais
Olá, sou da cidade de Novo Horizonte-SP-Brasil
A partir das minhas vivências, trabalhos, reflexões e aprendizagens acredito que a metáfora narrativa é a construção de quem somos influenciada pelas histórias que contamos sobre nós mesmos, histórias estas que terão diferentes efeitos em nossas vidas no presente e futuro. O vídeo da Chimamanda Adichie vem ao meu encontro e faz pensar o quanto a história única pode causar mal-entendido e se solidificar como verdade absoluta, cito como exemplo minha experiência enquanto psicóloga de uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. Durante toda minha vida fui ouvinte da história única que definia este espaço saturado de tristeza, solidão e incapacidade funcional, quando me conectei com cada idoso e idosa percebi o quanto essas características eram ligadas à história que cada um contava de si mesmo, eles se sentiam fracos e sem esperança em relação à vida. Com o objetivo de transformar estas narrativas, construímos espaço de valorização das muitas histórias sobrepostas sobre este contexto, e hoje trabalhamos horando as habilidades, ouvindo histórias de união, resistência e sabedoria; não digo que não haja as vivências difíceis, mas quando eles recontaram suas histórias de um ponto de vista diferente possibilitou caminharem através destas vivências em direção ao bem-estar.
Ao longo dessa primeira aula algo que ficou muito destaque para mim pessoalmente é essa ideia de entrelace de fios, onde cada fio traz pontos em si. Cada ponto, um evento. Cada fio, uma história. E nesse entrelaçado e emaranhado, existem diversas histórias para serem desfiadas e costuradas juntas. De fato é muito empoderador ganhar essa consciência de que uma perspectiva não é apenas a única, e que talvez se eu puder re-significar e valorizar outros momentos da minha vida, posso me perceber de um novo jeito e novas portas se abrem. Ainda me pergunto se esse processo é totalmente consciente ou se consigo construir histórias alternativas e ricas por meio de pintura, dança, música ou algo do gênero.
Marlete Bomfim Lima, São Paulo / Brasil, 21 de Julho de 2019.
a Metáfora da Terapia Narrativa, me acrescenta a importância de não fechar nenhum diagnóstico. Ou se quer apenas acreditar nele fechado, sem ouvir de fato todos os possíveis contextos. Bem como, considerar a importância de uma releitura da história a partir de relatos alternativos. Há nas histórias de cada indivíduo conteúdos bons que podem influenciar nesta releitura, se não permanecermos em uma história única.
Ao acessar os materiais, penso que a forma como vemos o mundo é influenciada por uma gama de experiências que temos ao longo da vida. Dentre elas, há a influência da cultura e aquilo que é transmitido intergeracionalmente. Assim, cada um de nós constrói as lentes pelas quais vai dar sentido ao que lhe acontece! Muitas vezes essas lentes são construídas a partir de um único olhar e podem trazer vieses na forma como enxergamos as pessoas, o mundo e a nós mesmos. É como se essas lentes estivessem embassadas. Por isso é tão importante a flexibilidade e a capacidade de enxergar as coisas por diferentes perspectivas, considerando que não há um verdade absoluta e sim diversas possibilidades.
Uma outra metáfora que me veio a mente foram as margens de um rio, em que é possível enxergar um ponto de vista bastante diferente, a depender do local em que se observa a realidade.
Alessandra – Ribeirão Preto, SP – Brasil
Entendo que a Metafora Narrativa é a construção de uma nova historia, onde o protagonista desta historia é que tem o poder de transformação da sua vida, atraves de um novo olhar e /ou leitura sobre os fatos que ocorrem em nossa sociedade, seja eles, social , economico ou politico , pois muitas vezes estas estas transformações acabam interferindo de forma negativa no nosso modo de enxergar o mundo fazendo com que muitas vezes nos sentimos culpados ou responsabilizados por estas acoes impostas nosso dia a dia não tanto voz para o individuo para a construção da sua propria historia baseados em suas crenças e valores .
Sou estudante de psicologia e vivo na Cidade do Rio de Janeiro. O que mais ficou presente em mim nesse módulo é a importância das narrativas que criamos (e nas que criam sobre nós), assim como os significados que damos a cada evento. Essas narrativas e significados, podem afetar a forma como nos vemos, vemos o mundo e os demais, influenciando também também nossas ações. Como terapeutas devemos estar sempre muito atentos, para não retirar o lugar de especialista das pessoas em terapia e construir uma narrativa limitante para elas. É necessário colocar luzes sobre as histórias alternativas, para que dessa forma, essas pessoas encontrem novas possibilidades e significados para os eventos de suas vidas, auxiliando na resolução de seus problemas.
Me percebi refletindo sobre a criação de uma “rica descrição” de vida. Essa produção criativa seria do âmbito cognitivo, mental? Penso nisso considerando tmb a influência das identificações das pessoas com as autoimagens construídas; daquilo que sabemos, ou que aprendemos a saber sobre nós mesmos, de nossa história.. A partir disso penso na importância desta “rica descrição” poder estar muito relacionada a fatos, eventos, carregados de afetos, que provavelmente farão a diferença na produção de outros enredos, trajetórias, e com isso, haver novas identificações, novas auto imagens…
Achei muito rico o diálogo do terapeuta com a escritora e o paralelo com a literatura. A importância em perceber as histórias no amplo contexto, social, cultural e politico, e a saída do isolamento do eu.
Estou muito interessada em conhecer melhor as maneiras de co-criar histórias alternativas.
Belo Horionte/MG. A metáfora narrativa é um olhar para a história por outros ângulos, buscando novas perspectivas, interpretações, possibilidades e significados. É exercitar a empatia, explorando a vulnerabilidade e buscando a compreensão sob vários aspectos. Que construção linda. Intuitivamente desenvolvi uma oficina (oficina Meu Era Uma vez, que está no meu livro Contos que Curam que será lançado no final de Agosto) em que utilizo a metáfora narrativa, mesmo sem saber conceituar na época da criação. Entendi e nomeie o efeito de catarse que a oficina proporciona após estudar este capítulo e estou muito emocionada por ter esta conexão tão forte com o método, mesmo antes de conhecer,
Entendi que a metáfora narrativa é forma de compreendermos as pessoas a partir de diversos pontos de vistas trazidos por meio das histórias que elas têm sobre si. Essas histórias estão inseridas em diversos contextos; social, político, financeiro, emocional, familiar que influenciam a vida e o modo de estar no mundo de cada um. Conseguir olhar desta forma para o indivíduo, nos amplia as possibilidades de compreendê-lo sem julgamento e preconceitos. E assim, pode-se criar novas formas de lidar com as dificuldades, criando novas histórias.
Achei o método muito positivo frente tantas problemas que enfrentamos.
Lilian – Goiânia – GO
Me parece que a terapia narrativa é tanto uma forma de ouvir e validar o que o sujeito tem a dizer quanto não se restringir à história “problemática”, buscando conhecer o que a pessoa diz de seu contexto e de outras vivências.
Isso me fez repensar algumas descrições que uso sobre mim e cheguei a encontrar algumas experiências que destoaram do que cristalizei como característica minha, como “preguiçosa” ou “azarada”.
Acredito que é necessário entendermos nossa vida como histórias e estarmos atentos aos pontos fora da curva justamente para não nos aprisionarmos ou aprisionarmos os outros. Chimamanda é bastante precisa ao falar sobre os perigos de uma história única, tanto para toda uma cultura e um povo quanto para um único indivíduo. Ter a possibilidade de novas histórias é ter liberdade de mudança e de redescobrir – ou revisitar – novas partes de nossas vidas. A Declaração da Terapia Narrativa sobre o Direito de Contar Histórias é um primor, e ao meu ver, deve ser usada como base para um terapeuta narrativo!
Marinalva Velasquez Campo Grande MS Brasil.
Minha descrição de metáfora narrativa passa principalmente pela ligação da metáfora de que “historias são uma moldura importante através da qual damos sentido às nossas vidas”com o pressuposto de que – através das técnicas narrativas – é possível que as pessoas se reconheçam para “além do problema”; percebendo e valorizando suas ações e habilidades para agir frente às situações difíceis e assim definindo novos caminhos para as suas historias.
Passa a ser possível trabalhar o problema com certo distanciamento; permitindo apontar a potencia que a pessoa tem para lidar com a situação.
Moro no Brasil e com o conteúdo deste módulo passei a refletir a respeito da representação que as pessoas de outros países têm sobre os brasileiros. Como a Chmamanda disse sobre a África, parece-me que sobre nós também contam apenas uma história. A quem ela é conveniente? Como foi formada? Ela certamente nubla a riqueza das demais histórias sobre o Brasil e a sua gente. Fazendo com que os próprios brasileiros tenham uma narrativa restrita sobre si mesmos e suas possibilidades. A metáfora narrativa me fez pensar neste contexto mais amplo e em como ele afeta o contexto menor, das pessoas que atendemos no consultório. Do quanto a restrição da narrativa faz relação com a cultura e as questões sociais. Não se pode perder de vista essa dominância. É preciso ver o trabalho clínico como uma ação social também.
A metáfora narrativa permite o reconhecimento das histórias e a retomada da dignidade das pessoas. Muito bom a gente poder refletir sobre as histórias estreitas que construímos ao longo da nossa vida. O vídeo da Chimamanda é um ótimo convite para pensarmos que as histórias nunca sao únicas. Falo do RJ.
Entendi que a metáfora narrativa fala de uma ampliação do olhar sobre a própria história, de maneira que a pessoa possa encontrar novos ângulos sobre a mesma. A metáfora narrativa permite que a pessoa possa olhar para o problema com possibilidades de solução à partir do contato com suas habilidades e potencialidades. Curitiba PR
Regina Jardim from Rio de Janeiro, Brasil…..maravilha rever esses textos e videos.
A metafóra narrativa foi meu primeiro encontro com uma compreensão de encontro
terapeuticos para além da metáfora médica e me inaugurou na metáfora literária.
Achei muito significativo reconhecer que podemos contar nossas histórias de várias maneiras, que a forma com que em geral contamos, é apenas uma dentre outras possíveis. Isso faz com que façamos esse exercício de olhar para essas outras possibilidades e identificar recursos, habilidades e conquistas, para além de fracassos e dificuldades. Atentar para os temas que moldam nossas histórias também é um exercício importante. Muito potente essa outra forma de pensarmos sobre nós e nossos clientes.
A metáfora narrativa mostrou-se encantadora e empolgante como uma base de reconstrução do indivíduo e da sociedade .
No momento tenho algumas dúvidas quanto à forma de, ao mesmo tempo validar as percepções do indivíduo acerca de si, do mundo e por outro lado modificar, acrescentar novas narrativas que ampliem suas possibilidades.
Maravilhoso.
Nós somos além de tudo nosss historias, utilizar do método de narrativa na clínica é se aprofundar em quem é o sujeito que está ali. A história de sua vida traz consigo seus medos, anseios, sonhos, traumas etc … explorar isso é explorar o sujeito acima de tudo.
A metáfora narrativa é um recurso que terapeuta e cliente podem recorrer para trazer à tona um conteúdo intrapsíquico difícil de acessar. Através do uso de metáforas é possível explorar mais amplamente os conteúdos trazidos pelo cliente, a partir dos significados suscitados durante a narração de uma história, o que pode engajar ainda mais o cliente/narrador, do que se fossem explorados numa narrativa sem uso de metáforas. Pensando nas histórias dessa maneira, enquanto terapeuta e enquanto ser humano, a abordagem dos problemas do cliente, tantas vezes pesada para ambos durante uma conversação terapêutica, adquire um aspecto mais lúdico e mais leve, possibilitando mais acessos a entraves psíquicos do cliente, posicionando este como construtor/especialista do seu próprio processo de investigação intrapsíquico e posicionando o terapeuta como expectador/especialista apenas dos processos conversacionais.
Falo do Rio de Janeiro/RJ.
Meire – Campinas/SP
Todos os dias escrevemos nas linhas deste livro que se chama vida. Quão interessante e profundo é saber que podemos ir além…que não precisamos estar aprisionados porque alguém ouviu uma única história e fez dessa algo irreal – sigamos aprendendo para evoluir.
Olá, escrevo de São José do Rio Preto, SP.
Compartilho aqui minha admiração por esta forma de abordar e compreender as relações humanas. Venho refletindo muito a respeito das minhas próprias narrativas, o que me leva compreender o sentido e a potencialidade que esta forma de trabalhar proporciona aos indivíduos e comunidades.
Penso que assim abre-se novas possibilidades do ser estar no mundo e o conecta com uma perspectiva mais ampla, gerando novos sentidos.
Olá a todos! Que felicidade estar nesse grupo! Nunca quis tanto recontar a minha própria história! Gratidão por ter encontrado as Terapias Narrativas!
Me chamo Adriana, sou de Niterói, RJ Brasil
Rio de Janeiro/BR
Quando conto minha vida conto partes de experiências que ao serem contadas linearmente conferem um significado pra mim, um modo de me narrar num contexto e com um propósito.
Outras partes em novos arranjos ganham novos significados e utilidades para a vida de quem conta. Amplia, renova e acrescenta.
A Terapia Narrativa faz com que, através de nosso discurso, possamos dar novos sentidos e significados às experiências que vivenciamos.
Florianópolis/BR
A metáfora narrativa implica no pressuposto de compreendermos nossa vida como multi-historiada com eventos mais e/ou menos dominantes. Transformar nossos relatos dominantes e saturados em metáforas narrativas nos permitem descolá-los de nossos “selves” e buscar outros eventos em nossa historia para compor relatos alternativos e descrições mais ricas de nossa vida.
Florianópolis/ Brasil
As metáforas narrativas nos permitem ampliar nossas conversações com indivíduos/famílias/comunidades. Por meio delas pode-se separar a pessoa do trauma vivenciado sem negligenciar o contexto, abrindo caminho para o entendimento de uma posição ativa e de resiliência frente ao sofrimento.
Salvador/BA/Brasil
Acredito que as metáforas narrativas, nos conectam através de um imaginário muito genuíno e sensorial que possibilita experienciar a história de um lugar mais lúdico e portanto mais amplo propiciando o”descolamento” do problema.
Sou psicóloga, atualmente moro em Manaus, Amazonas, Brasil. Este material já possibilitou grandes reflexões e debates com colegas aqui, pois não sou aqui de Manaus, sou gaúcha (Rio Grande do Sul) e as culturas do norte e do sul são bastante diferentes, os esteriótipos de sulistas e nortistas são completamente diferentes e o material serve de reflexão para meu trabalho e vida, pois sempre gostei de escutar histórias, sempre gostei de contextualizar culturalmente cada história e agora amplio esta perspectiva para além da cultura, pois cada história é única e deve ser contada e recontada por seu protagonista. Auxiliar as pessoas neste processo de descoberta e redescoberta de suas histórias é gratificante e agrega aprendizado constante.
Olá, sou Letícia e falo da cidade do Rio de Janeiro. A partir desse primeiro módulo pude compreender como a metáfora narrativa desenvolvida pela prática psicoterapêutica faz com que as pessoas consigam re-escrever suas histórias a partir do ponto que consideram novas jornadas e caminhos, valorizando assim eventos que foram negligenciados pelo enredo dominante. Assim, cria-se novos significados a experiências passadas, que Irão influenciar não somente o presente, mas o futuro daquela paciente.
Cuiabá/Brasil
A metáfora narrativa é o modo como expressamos nossa percepção do momento, pode não ser o único ponto de perspectiva, mas é um ponto a ser analisado. Sendo assim devemos nos dar o crédito de compartilhá-lo e criar possibilidades de expansão de compreensão e de visões diferentes sobre o mesmo contexto.
o modo como vemos o mundo é influenciado pela forma como interpretamos uma experiência, mas não há um único jeito certo de compreender algo, logo, uma mesma experiência pode dar vários efeitos em diferentes pessoas, porque cada um pensa e reage de uma maneira, e isso faz com que seja construída a individualidade e diferencia as pessoas.
O modo em que vemos o mundo é influenciando pela forma em o observamos. E a partir desses observações que criamos um jeito de compreender as narrativas.
A metáfora narrativa tem como foco expandir o pensamento buscando alternativas para soluções de problemas e obtenção de outros olhares sobre si mesmo.
Olá, boa noite falo de Cuiabá/Brasil
Bom, em minha opinião , pode se dizer que ao interpretar uma história vivida pelo individuo é o mesmo que ele estivesse contado uma experiencia que essa pessoa teve. Mas se e se essa experiencia fosse contada por outra pessoa ou de ponto de vista diferente? pode se dizer que surgiriam novas histórias dentro de uma historia,na qual o contexto é o mesmo assunto, porem ,bem distante da original pois foi algo vivido por aquele individuo e não por quem está apenas recontando sobre aquilo. Oque torna nossas historias únicas e próprias.
Nesse primeiro módulo pude compreender que a Metáfora Narrativa seria uma ampliação do olhar sobre a própria história. Devemos sempre buscar novas perspectivas, possibilidades e conquistas, e também podemos contar nossas histórias de diversas maneiras, logo nos da a chance de não permanecermos aprisionado a uma única versão.
“Não há um caminho certo a seguir, apenas muitas direções para escolher”
Karimy, isso é o que nós chamamos de subjetividade. Você compreendeu o conceito muito bem. Estou orgulhosa. 🙂
Em minha opinião a metáfora narrativa trabalha com a ideia de diferentes interpretações dependendo de seu modo de pensar e de questões sociais, psicológicas, culturais e mentais. Mas isso não nos torna com uma ideia de interpretação diferente uns dos outros, por conta de alguns aspectos universais entendidos por todos, como um exemplo a ideia de que sempre o sol vai nascer ou de que tudo que é vivo morre, pois são aspectos encontrados em todos os tipos de culturas terrenas sendo elas existentes sim ou não. Fazendo assim uma base de pensamento humano que sempre se encontra e que supera a barrira social e racial. Tendo assim uma ideia de nem sempre existir dois lados de uma mesma história. Se aproximando muito da ideia de Émilie Durkheim da extinção da individualidade como causa de não ter um único ser com características de vários grupos com aproximidades estéticas, morais, éticas e comportamentais.
1ano C- Giovanne
Ola Bom Dia Falo de Cuiabá/Brasil
Nesse Primeiro conteúdo ” A Metáfora Narrativa” pude entender mais sobre esse assunto, aprendi que Metáfora Narrativa seria uma ampliação do olhar sobre a própria história, e que até no vídeo da Chimamanda Adichie ela mostra que devemos pesquisar mais sobre o assunto, igual ela disse se ouvirmos apenas uma única história sobre outra pessoa ou país, corremos o risco de um mal-entendido crítico, devemos ser sempre curiosos em relação a essas informações
Texto 2
A metáfora narrativa é uma forma de ajudar as pessoas a olhar as outras faces da mesma história cujo o indivíduo tivera a sua impressão daquela circunstância a qual ele se inseriu. Com esse método é possível fazer uma mudança de pensamento e de interpretação de várias pessoas em vários contextos, fazendo assim menores chances de erros em conversas da mesma história.
O ato de narrar , de contar histórias através de diferentes visões é extremamente importante. Esses olhares nos trazem mais e mais detalhes de uma realidade, e também nos deixam mais informados.
Cuiabá-MT. Brasil
Ao meu análise, a metáfora narrativa é como uma história, que carrega suas experiências, adquiridas principalmente através do vínculo familiar, em que influência e molda o ciclo da vida de cada indivíduo. Assim, podendo causas problemas, mas não deixando atrapalhar e acabar com a história.
A novelista Chimamanda Adichie diz para estarmos atentos a não ouvir somente uma única história. Isso porque devemos nos inovar a cada momento, com criatividade e autenticidade. Além disso, para haver um equilíbrio de histórias, devemos escutar ambos os lados, sem tomar decisões precipitadas.
Eu entendi q nos em vez de ficarmos presos em um unico caminho nos podemos mudar pois a cada passo q nos damos surge novas possibilidades !
Eu entendi que a metáfora narrativa nada mais é que uma historia com identidades, experiencias, jeito de pensar, culturas.. E que sempre dois lados, um pensamento de critica e daquelas pessoas que geralmente não sabem sobre, e colocam suas opiniões como certas e únicas e o lado das pessoas que passam por aquilo.. Achei lindo o vídeo da novelista Chimamanda Adichie o jeito que ela explica, um vídeo para vida..
Acredito que, na maneira em que nos expressamos oralmente, hà facilidade em efetuar o mesmo em escrita, de foma teràpeutica e metafòrica, narrativamente
Cuiaba-MT Brasil
Em uma metáfora narrativa eu pude entender que há uma ampliação de olhar sobre uma história,e que ela pode ser entendida de várias formas e ter várias opiniões sobre o assunto do texto
Cuiabá/Brasil
Ao meu ver, a Metáfora Narrativa é uma forma de se expressar histórias vividas por indivíduos diferentes com realidades diferentes ou semelhantes, cada um utiliza dos termos que preferir para melhor se expressar nas suas narrativas, formando opiniões e pontos de vista diferentes. Porém é preciso compreensão para poder entender que cada pessoa vive a sua história e apenas ela pode se expressar tão bem sobre, e que respeito é fundamental para a ampliação do conhecimento sobre lugares e culturas do mundo inteiro.
Giovanne e Kamilly boas reflexões. A subjetividade, a variação de perspectiva, entre outros pontos são elementos para a contribuição de posicionamento ao escrevermos. Aproveitem bem esse novo leque de possibilidades.
Cuiaba-MT
CCJ 1C-Giovanna Rodrigues
Acho algo interessantíssimo compartilharmos histórias que podem ter diversos tipos de interpretações e compartilharmos isso com algumas pessoas.
É incrível o que a escrita pode fazer, nos possibilitando navegar em diversos pensamentos e discussões sobre variados assuntos, até porque, somos livres e temos esse direito de compartilhas ideias e interpretações diferentes.
Cuiabá-MT
Eu acredito que a metáfora narrativa seja a forma que expressamos por meio das ações , as nossas experiências obtidas no dia a dia , com amigos , família e até mesmo assistindo jornal. É uma forma de ampliar o conhecimento próprio.
Na minha analise metáfora narrativa vem do vinculo familiar, de formas em que expressamos nossas ações. No vídeo da Chimamanda Adichie mostra que devemos ser mais curiosos e pesquisar sobre o assunto, não devemos apenas ouvir uma historia sobre um país, devemos nos aprofundar mais em cada historia e buscar para ficarmos mais informados. No vídeo dela mostra outra realidade do que pensamos sobre a Africa, nós temos apenas uma ideia que la é um país pobre, que tem pessoas com AIDS isso e aquilo, e esquecemos da beleza dele.
Cuiabá-MT
A metáfora narrativa apresenta outros ângulos da mesma história,
assim nos prevenindo de acreditar que tal história é única e 100% verdadeira,
tornando assim possível que haja diferentes opiniôes sobre determinados assuntos,
ou diferentes história sobre certos acontecimentos. Como exemplo; a África ser um continente extremamente pobre, sendo tal exemplo dado pela novelista Chimamanda Adichie em sua palestra para o TedTalk.
Eu entendi que a metáfora narrativa, é uma história onde os protagonistas somos nós, que acabamos sendo influenciados pela forma em que vemos o mundo, se baseando em experiências, mesmo sabendo que a reação de cada pessoa pode ser bem diferente, por isso acaba criando uma individualidade e realidade oposta aos outros…
Entendi que o ato de narrar fatos pode dar uma maneira de pensar diferente, assim também cada pessoa tem um jeito de diferente de entender determinado assunto, muitas vezes a história dominante também muda o modo de pensar de cada indivíduo, pois o foco narrativo é muito importante na hora de se fazer um texto, por que é ele que vai dar um ênfase do que a pessoa vai pensar daquele assunto a partir desse momento. Além disso como a novelista Chimamanda Adichie disse não podemos ter apenas uma história para certo assunto, temos que ter mais de uma história para que não ocorra um mal entendido. Ou seja uma única história pode ser contada de maneiras diferentes.
Eu entendi que a metáfora narrativa é um dos processos terapêuticos que ajuda o individuo a desabafar, contando suas próprias histórias particulares e familiar. As metáforas são chaves para desencadear processos de cura, transformação e ressignificação
Rio de Janeiro-RJ
Todos nós temos histórias sobre nossas vidas e relações que ocorrem de forma simultânea. Nós temos histórias sobre nós mesmos, sobre nossas habilidades, dificuldades, desejos, sucessos, trabalhos e fracassos. A metáfora narrativa pra mim é o meio que utilizamos para verbalizar essas histórias. A metáfora narrativa é um caminho para nos fazer lembrar que somos autores das nossas próprias vidas e que podemos escrever novos capítulos para essa história.
Yasmin Fonteles (Rio de Janeiro, Brasil).
A metáfora narrativa se traduz como as histórias que nos compõem como indivíduos; qual o grau de importância que damos a cada uma delas e quais os enredos que escolhemos para formá-las. Essas histórias criadas, podem fazer menção a nossa história individual ou, num contexto mais amplo, podem contribuir para a formação dos chamados estereótipos, os quais moldam nosso olhar para com outras pessoas, povos, culturas… A partir daí, se esclarece a relevância da metáfora narrativa para a vida das pessoas.
Tendo este conceito esclarecido, passa a ser possível compreender o quão inconveniente é a crença em uma história única; uma história, seja ela sobre o quê ou quem for, só foi narrada de maneira tal, pois alguém optou por contá-la segundo um determinado enredo. É perfeitamente possível que uma mesma história seja contada de diversas outras maneiras, a depender do enredo escolhido por quem está contando.
Eu descreveria metáfora narrativa como sendo um recurso possível dentro da terapia para expandir o olhar do cliente sobre o problema, queixa ou história que está me contando. Olhando para as narrativas já existentes em seu discurso e para outras que não são tão usadas, posso fortalecer aquelas que trazem novos sentidos e significados. O uso de metáforas narrativas vão auxiliar nesse processo de diferentes formas, como por exemplo criar um novo nome para o fenômeno, utilizar de objetos para contar a história, exemplificar com imagens mentais como a pessoa se sente, e etc.
Eu acredito que a Metáfora Narrativa é um método que busca ampliar a maneira como o indivíduo narra e enxerga a própria história. Reconhecendo as múltiplas possibilidades de perspectivas e compreendendo que mesmo os eventos específicos fazem parte de uma complexidade da vida. Dessa forma, tal método explora vários elementos das narrativas e oferece ao indivíduo o direito de contar a própria história e também de construir os seus significados.
Portanto, acredito que entender as histórias dessa maneira torna possível que eu mesma reveja e renomeie eventos da minha vida que até então eram “estáticos”, isto é, torna possível uma flexibilidade e mudança de pensamento.
O que ficou para mim nesse primeiro módulo sobre a Metáfora Narrativa, é o poder que temos de recontar nossas histórias a partir de novas narrativas. Por meio do contar e recontar, pode-se gerar novas interpretações e novos significados. O olhar curioso e atento do terapeuta se torna de fundamental importância para essa ressignificação das narrativas de seus clientes. Me passa a ser possível refletir sobre as narrativas dominantes que possuo em minha vida e na construção de um olhar curioso para as histórias dos meus futuros pacientes.
Julia Gonzalez, Estudante de Psicologia, Rio de Janeiro, Brasil.
Alice Guimarães, do Rio de Janeiro!
A metáfora narrativa me pareceu ser um processo de re-autoria e reescritura da sua própria historia, a construção de uma narrativa com base nos eventos de sua vida centrando “(…) as pessoas como especialistas de sua própria vida” como Morgan mesmo cita em seu texto, que formem uma história só sua, sempre em busca do equilíbrio entre as histórias dominantes e as alternativas. Apesar do processo de construção de uma narrativa contar com o protagonismo do indivíduo sendo atendido por um terapeuta, este exerce um papel importante na construção da metáfora narrativa justamente com “conexão dos pontos” entre esses eventos. Mostra-se os diversos caminhos que podem ser seguidos conforme novos eventos vão sendo adicionados a uma história e ajudam a construir um significado, com base na subjetividade, na história daquele ser humano.
Fernanda Fucci – Rio de Janeiro.
A metáfora narrativa abriu meus olhos para perceber que tudo ao nosso redor são histórias e interpretações, e que vemos o mundo através de nossos óculos individuais, formados a partir das nossas experiências. De fato, o que vemos é sempre individual, e pessoas diferentes enxergam e interpretam a mesma coisa de formas diferentes. Nesse sentido, a terapia narrativa traz uma visão essencial de trabalhar a “re-autoria” das nossas histórias. Isso me parece empoderar o indivíduo de tal forma que por si já é terapêutico. Dentro dessa abordagem, as pessoas são “especialistas de suas próprias vidas”, e isso faz muito sentido. Ninguém me conhece mais do que eu. Vejo essa como sendo a maior transição do modelo médico de saúde x doença, pois não é mais o médico ou o terapeuta que sabem o que é melhor para você – mas sim o que você acredita sobre seu próprio processo. A partir disso, a postura do terapeuta é a de curiosidade genuína, de questionar com verdadeiro interesse a subjetividade daquele indivíduo em nossa frente. Nessa subjetividade, o indivíduo passa a ser muitos, e a terapia se coloca no papel de desdobrar todas as camadas dessa pessoa, a começar por esclarecer que o problema ou diagnóstico que ele/a traz é separado de quem ele/a é. O processo de empoderamento começa aí.
Entendo a metáfora narrativa como a construção de uma história baseada e conduzida pelo seu próprio autor. É realmente necessário auxílio e ajuda para conduzir todo um enredo, mas é possível enxergá-lo de outras formas, a partir do enaltecimento das histórias alternativas que ali estão ocultadas, e da redução da influência da história dominante.
De mesmo modo acontece na prática clínica, em que talvez algum ponto citado pelo paciente esteja em ênfase pelo terapeuta, mas na realidade não é aonde ele deseja estar ou chegar. Deste modo, cabe ao profissional indagar sempre ao paciente sobre os caminhos e os percursos da conversa, para que deste modo, haja uma ponte de suporte, mas sua própria volição comandando aonde vai ou onde pretende ir.
Estando com os conceitos e as ideias da terapia na narrativa mais claros na minha mente, penso ser possível (e necessário) cada vez mais o nosso processo de reflexão. Em uma aula minha assistida na faculdade, lembro-me de ouvir falarem que o caminho para a autorealização parte do autoconhecimento, então acho estritamente importante trabalharmos sempre a reflexão e o resgate mnêmico de eventos da nossa vida.
Boas reflexões, meninos do 1° ano C.
A metáfora narrativa permite uma visão ampliada da história e do individuo dentro da terapia. Isso nos permite olhar para além de primeiras impressões e das limitações criadas por nós mesmos. Nos ajuda a identificar que a nossa perspectiva não é a unica e não necessariamente é a melhor. Isso na terapia possibilita que identifiquemos que algumas situações que nós transformamos em pontos de muita relevância não o merecem e algumas que tratávamos como não relevantes são essenciais para a nossa pessoa. Isso não se da só com situações mas com as pessoas nas nossas vidas e nossa própria personalidade. Podemos identificar que coisas que tratávamos como secundarias tem mais relevância e também fazem parte de quem somos.
A metáfora narrativa é um recurso utilizado para o sujeito contar sua história, seu olhar e seu entendimento das questões da sua vida. E a terapia narrativa tem como foco respeitar essa história e separar os “problemas” das pessoas. Não existem rótulos, nem certo e errado, simplesmente assume, que as pessoas possuem diversas qualidades e aptidões e essas, contribuem para resolver os ditos “problemas” e que existem vários caminhos para isso
bom curso apresenta algumas possibilidades de utilização de narrativas da
prática como estratégia de construção do conhecimento da redação
Bernardo, qual a reflexão que você faz sobre Metáfora narrativa? Exponha sua opinião, querido aluno!!!
Salvador – Bahia
A metáfora narrativa como uma história que podemos contar e recontar a partir do momento de vida que estamos atravessando e atravessando em nossas vidas, buscando dar outros significados e caminhos que não eram percebidos no início do processo ou percurso.
Eu entendi, que a metáfora é uma figura de linguagem que forma sentidos figurados por meio de comparações.Ela descreve um objeto ou uma qualidade de uma maneira não literal, e ajuda a explicar uma ideia geral sobre algo ou alguém. Também é muito utilizada em textos poéticos.
A metáfora narrativa é um meio de nos aproximamos de eventos e nuances da nossa vida que não mantemos contato, por não pertencer a nossa história dominante, e por isso essa técnica abre a possibilidade de criar novas perspectivas e sentidos aos acontecimentos que nos atravessaram. Dessa maneira, podemos nos engajar em explorar novos territórios que nos trazem ressignificações de traumas e expande o nosso olhar sobre nós mesmos, assumindo as qualidades e potencialidades que existe em nós para recriar nossas narrativas percorrendo caminhos alternativos.
metáfora narrativa = comparação de histórias, observando o ponto de vista de cada personagem presente no enrendo , comparando a experiencia da visão de cada ator no elenco sobre a peça, como um leitor onisciente. Onde posso e pôr no lugar deles…
adoro tentar experienciar algo que não aconteceu comigo, por mas que o sentimento nunca será real, tentar me aproximar é algo que realmente gosto.
Me chamo Bárbara Piazza. Cidade de Curitiba, Brasil.
Me parece que a metáfora narrativa tem a capacidade de, ao mesmo tempo, proporcionar ao sujeito um mergulho no seu próprio ser e um deslocamento deste, para descrevê-lo como tal.
Dessa forma, percebemos como está à nossa mão o poder de criar o próprio fazer e sentir da existência humana.
O trauma se torna mero detalhe. Existe tanto mais para ser contemplado e valorizado…
O perigo das narrativas dominantes e que aprisionam o fluxo dos corpos não está nas mãos apenas das instituições, como também dos que acreditam nelas.
Fico me perguntando também se não é possível importar essa crítica não só para aqueles perpetuadores de um pensamento colonialista e conservador, como também para grupos que combatem o establishment querem se ver libertos dele.
Talvez a chave seja o entedimento de que, para além de produtos, somos, principalmente, produtores do meio em que vivemos.
Não se trata de dissonância cognitiva, mas de neuroplasticidade.
E, nesse sentido, é que de fato podemos viver momentos de inovação, enfraquecendo as narrativas dominantes. Atravessando rotas alternativas. Como quando somos crianças e o ímpeto de curiosidade é maior do que qualquer norma pré-estabelecida e castradora.
Boas contribuições, Kawanne e Bia Lima! Beijos
Para mim, um processo profundo de autoconsciência e ressignificação da nossa história. Um curar através das palavras, da narrativa, não somente daquilo que está explícito, mas das outras histórias que estão ligadas, como raízes de uma árvore.
É de suma importância, a partir de agora, que eu tenha mais cuidado com a escuta da minha própria história e das dos demais.
Meu nome é Alba Ortego, moro em Buzios- Rj, e sou espanhola, nascida em Madri.
Adorei o material….simples e profundo ao mesmo tempo. A reflexão da Chimamanda Adiche…increível…a animação do conceito de “vidas multi-históriadas“…muito boa. Estou amando o conteúdo. Um abraço 🙂
Meu nome é Viviane Resende, sou Psicoterapeuta Sistêmica em Salvador/BA, e, a partir da ideia da metáfora narrativa, venho percebendo, a cada dia, como nossas histórias de vida moldam quem somos e influenciam nossos passos. No entanto, meu fascínio em compreender as histórias de vida que as pessoas têm, seus efeitos identitários e relacionais, bem com aquelas histórias que foram eliminadas e poderiam ser recuperadas é algo que rompe as barreiras do consultório. Como seres “multi-historiados”, construímos nossas identidades (individual e coletiva) a partir das histórias que contamos e ouvimos sobre nós. Nesse sentido, penso como o processo terapêutico tem o poder de auxiliar na busca de histórias que foram suprimidas e ofuscadas por outras dominantes, assumindo também um caráter sociopolítico, pois, como dito por Chimamanda Ngozi Adichie, “as histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas também podem recuperá-las”. Dessa forma, meu interesse pelo curso vem em me aprofundar na prática narrativa, compreendendo-a como um ferramenta sociopolítica a ser usada em minha atuação não só enquanto psicóloga, mas também como cidadã.
Uma narrativa é como um fio que tece os eventos, formando uma história.
Todos nós temos muitas histórias sobre nossas vidas e relacionamentos, ocorrendo simultaneamente. Por exemplo, temos histórias sobre nós mesmos, nossas habilidades, nossas lutas, nossas competências, nossas ações, nossos desejos, nossos relacionamentos, nosso trabalho, nossos interesses, nossas conquistas e nossos fracassos. A forma como desenvolvemos essas histórias é determinada pela maneira como vinculamos certos eventos em uma sequência e pelo significado que atribuímos a eles.
Os eventos de nossas vidas constituem enredos com cenários, personagens, intenções e desenlaces de histórias. Nenhuma dessas histórias compila a riqueza de nossas experiências, ou seja, ao transformar os fatos de nossas vidas em histórias fazemos recortes que deixam esquecidos alguns detalhes que poderiam fazer muita diferença se não tivessem permanecido de fora da história que contamos. Esta história que elegemos narrar é denominada de história saturada ou dominante. Como o próprio nome sugere, é uma história que nos enreda em uma visão limitada de nós mesmos, pois somos inundados por esta versão problemática chegando a extremos de nos confundirmos identitariamente com o problema. Passamos a acreditar que somos o problema e nada mais existe para além dele. Desta maneira, quando nos sentimos fusionados ao problema carregamos uma versão empobrecida e depreciativa de quem somos. Perdemos a capacidade de reconhecer nossas habilidades e recursos e passamos a assumir uma identidade fracassada, diminuída, que acredita ser inundada e vencida pelo problema.
As práticas narrativas surgem exatamente para “quebrar” com a ideia de que as histórias reduzem a uma única versão identitária que está colada no problema. Nesta frase simples e verdadeira está a base da terapia narrativa pautada em um princípio extremamente importante – o indivíduo não é um rótulo que reduz toda e qualquer possibilidade de existência, ele não pode ser oprimido por uma categoria diagnóstica que determine suas chances de vida.
Olá! Sou Caroline, falo do Rio de Janeiro, Brasil. O curso tem sido muito rico para mim. Por trabalhar na área de saúde do trabalhador, em que a atuação não é clínica, penso que a terapia narrativa pode ser uma estratégia de escuta e intervenção. Entendi a metáfora narrativa como as histórias que contamos para explicar e entender as nossas vivências. Assim, como profissional, poderia oferecer um espaço no qual a história do trabalhador é considerada, por meio de uma escuta aberta e sem julgamentos. Ouvir, tentar entender junto com ele, provoca-lo sobre a existência de outras histórias paralelas as quais podem ser integradas à história dominante como uma forma de ressignificar suas vivências.
Aprendi bastante sobre o poder – e o privilégio – de se ter sua história ouvida e considerada. E como, em contextos marcados pela desigualdade, o ato de ser considerado já é uma intervenção potente e um passo para uma justiça social. Aprendi que a justiça e a cura estão interligadas. Para isso, a terapia narrativa parte de alguns pressupostos muito profundos e poderosos: a pessoa não é o problema – ou seja, não pode ser entendida globalmente ou a partir de generalizações; a sua história pode conter elementos que ajudem outra pessoa – diz de como entender-se inserido em um contexto social mais amplo, e como as relações são poderosas na cura das pessoas e a responsabilidade de todos na garantia de direitos fundamentais para todos. E, como profissional, o princípio de que minha prática não deve servir à perpetuação da desigualdade, ao contrário, deve garantir sempre a valorização e justiça.
Principalmente aprendi o quão empoderador é poder contar sua própria história, ser ouvido em seu ponto de vista, poder mostrar ao mundo quem é você, qual a sua realidade e como você entende a vida. Deixo um link com um exemplo disso, um texto que me tocou profundamente, uma história real de um trabalhador brasileiro, funcionário de uma farmácia em tempos de Covid-19.
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/tem-cloroquina/
Meu nome é Sôpnia Vieira Coelho. Sou de Belo Horizonte, MG. Brasil. Refletindo (Sônia)
1- A metáfora narrativa é uma proposta, uma forma de ver que as identidades e os relacionamentos das pessoas se dão por meio da construção de sentido que elas dão às suas histórias nas suas vidas. Contar e recontar suas histórias para si e para os outros permite testemunhar quem são, seus valores, projetos e relacionamentos e como vêm os outros. Organiza as experiências da pessoa por meio da linguagem.
São muitas as histórias tecidas na vida de cada um, através do tempo. Não há uma única história linear. Há histórias concomitantes. As histórias revelam os pontos de vista das pessoas, suas comoções, seus afetos, seus reconhecimentos de si e do outro.
2- Pensando desta maneira, ouvir as histórias dos outros implica em respeitar as diferenças e o direito de contar suas histórias de sofrimentos, de sucessos, de dúvidas e dilemas, clareando a compreensão do outro, tornando-me mais humana e empática com suas vidas. Ao contar, recontar e escrever suas histórias torna-se possível para a pessoa resgatar o que não foi dito, ressignificar aspectos negligenciados e esquecidos em algum momento da vida, sendo transformador para ela. Isto torna possível para mim estar atenta para evitar julgamentos, a ter curiosidade perguntando mais para conhecer o outro.
Sempre tive o costume de escrever minhas reflexões em momentos dilemáticos e difíceis da minha vida, como os que necessito tomar decisões, para desabafar sentimentos contraditórios e confusos, para ver melhor o que está acontecendo comigo em dado momento. Guardo os escritos e quando os encontro em outra ocasião, leio-os e relei-os, revendo minha história naquele tempo e volto a ressignificar, ressignificar, ressignificar… e me emocionar. Esta experiência me ajuda a trabalhar com meus clientes.
Gostei muito deste primeiro módulo. Entendo que o vídeo da Chimamanda é um excelente recurso para suscitar reflexões a respeito de uma prática clínica engajada e relacionada com a terapia narrativa. Devemos pensar nessas histórias alternativas e como podemos oferecer perguntas propositivas para seu enriquecimento nas nossas conversas nos mais diferentes contextos de atuação. A psicologia deve ser entendida como prática politizada e engajada com processos de transformação social, e percebo na terapia narrativa possibilidades recursivas para tanto.
Anna Regina São Paulo Brasil
Ter escuta abrangente e circular sobre a narrativa da pessoa com quem compartilhamos um encontro e mesmo De quem somos nesse encontro e possibilidade
Carlos Ramalho – Sou de Manaus, Amazonas, Brasil. O curso tem sido muito agradável e enriquecedor para mim. Tem me instigado a enxergar a pessoas de uma forma mais dinâmica, humana, multifacetada. Tenho apreciado a jornada de aprendizado que se dá de forma leve a prazerosa.
A Terapia Narrativa é uma abordagem prática e transformadora. Permite que a pessoa reflita e perceba como tem escrito sua história e a deixa livre para reescrever suas próprias linhas de forma que considerar mais adequada. A pessoa é sempre a protagonista de sua vida e pode usar suas forças e beleza interior para compor seus caminhos e fazer suas escolhas.
Já tenho usado a Terapia Narrativa com meus clientes e sou grato por ver inúmeros avanços e relatos de pessoas que percebem que suas obras estão sendo reescritas de forma mais leve e feliz.
Estou em Arujá -São Paulo – Brasil.
Penso como a Metáfora Narrativa tem sua presença em nossa vida a todo instante, e pode distorcer realidades, mas quando é verbalizada e colocada em pauta, novos horizontes começam a surgir e mudanças no contexto e caminhos novos dão abertura para uma nova verdade. Cada um se coloca diante do mesmo assunto de forma única e de acordo com seu momento, sua vivência e os conhecimentos que teve acesso. Vemos que o individuo acredita em suas verdades, que em outro contexto e diante de novas informações podem ser outras verdades. Ouvir o outro em suas narrativas e perceber os sentimentos que as mesmas trazem em sua expressão nos dá o indicio do peso que impõe e carrega em si e ao outro e ajuda o mesmo a ter um novo olhar pra si e para o outro, dando um novo sentido diante do “AGORA”.
Arujá -São Paulo – Brasil.
Penso como a Metáfora Narrativa tem sua presença em nossa vida a todo instante, e pode distorcer realidades, mas quando é verbalizada e colocada em pauta, novos horizontes começam a surgir e mudanças no contexto e caminhos novos dão abertura para uma nova verdade. Cada um se coloca diante do mesmo assunto de forma única e de acordo com seu momento, sua vivência e os conhecimentos que teve acesso. Vemos que o individuo acredita em suas verdades, que em outro contexto e diante de novas informações podem ser outras verdades. Ouvir o outro em suas narrativas e perceber os sentimentos que as mesmas trazem em sua expressão nos dá o indicio do peso que impõe e carrega em si e ao outro e ajuda o mesmo a ter um novo olhar pra si e para o outro, dando um novo sentido diante do “AGORA”.
as pessoas têm muitas histórias que são inseridas em um contexto. Não acontecem ao acaso. A Terapia Narrativa nos mostra claramente isto. E quando o problema é separado da pessoa, mostrando que o problema é o problema, fica mais fácil falar sobre ele.
Muito interessante tudo isto.
Sandra Mara de Mello – Barretos/SP.
Muito interessante e enriquecedor agregar as ideias da Terapia Narrativa com as ideias de Carl Rogers. Ouvir de forma atenta e genuinamente curiosa à história de quem busca em nós auxílio para suas dores e desacertos, para ajudá-lo a refazer e reconstruir sua história!
Beatriz Coltro, de Florianópolis – SC. Nesse primeiro módulo entendi a terapia narrativa como uma estratégia de diálogo aberto, curioso e comprometido com a complexidade da experiência humana, seja de indivíduos, grupos ou comunidades. O perigo da história única, na reflexão da escritora Chimamanda Adichie, conversa com o que Michael White expõe sobre narrativas literárias na entrevista com Barbara Brooks: Uma história interessante e complexa é aquela que envolve tudo aquilo que narra, mas também aquilo que fica de fora, nas lacunas. Percebo a importância da busca pelas histórias alternativas como ferramenta terapêutica e subversiva.
Brasil, Rio de Janeiro – A metáfora narrativa me faz pensar no tempo e como reviver os eventos influencia nas experiências vividas. Isso me ajuda no sentido de repensar as histórias familiares. Em que tempo, local, cultura, sociedade, fatores internos e externos cada história está sendo narrada.
A metáfora é um grande recurso a ser utilizado para que a pessoa possa contar sua história da forma mais significativa para ela, bem como facilitar também o papel do terapeuta. Podemos ampliar a conversa a partir da metáfora, possibilitando a construção de novas narrativas da vida da pessoa.
1) Metáfora Narrativa para mim é um jeito de descrever lembranças, episódios, de vida, de uma forma que fortaleça o narrador, a superar dificuldades, através da sua própria historia de vida e das possiblidades positivas que esta pessoa já construiu e vivenciou.
2) superar traumas, dificuldades, se assim o narrador desejar.
Como pensar a partir da perspectiva das metáforas é potente para enriquecer e fortalecer historias!
Fico maravilhado com a proposta da terapia narrativa, quando procura ser uma abordagem respeitosa e de não julgamento das múltiplas histórias que uma mesma pessoa pode ter sobre um problema que esta vivenciando em sua vida. Desta forma, nós podemos dialogar sobre elas e ir enriquecendo as histórias alternativas, possibilitando a superação daquela demanda inicial que a pessoa traz consigo nos primeiros atendimentos.
Brasil – São Paulo – São Paulo
Entendi a metáfora narrativa como uma maneira pela qual a pessoa tem acesso a sua própria história a partir de uma narrativa estreita e com o auxílio do terapeuta, ela vai tendo acesso a outras narrativas alternativas que podem empoderá-la para criar novas possibilidades em sua vida, possibilitar o autoconhecimento, distanciar-se do problema, na medida em que compreende que ela não é o problema, auxiliando-a assim na resolução deste.
Como psicopedagoga e futura arteterapeuta, vejo a metáfora narrativa como um instrumento precioso para o meu trabalho, no sentido de auxiliar os clientes em suas questões subjetivas na relação com a aprendizagem e como ferramenta para o autoconhecimento e qualidade de vida.
Falo de Manaus-Amazonas-Brasil
A metáfora narrativa corresponde a uma forma de abordar as nossas vivências por meio do relato de eventos significativos numa sequência lógica e temporal acerca de um tema do nosso cotidiano. Compreender nossos problemas como histórias que podem ser recontadas por diferentes enredos como se fossem caminhos a percorrer e que cada “caminho” faz parte da nossa jornada pessoal faz com quem se ganhe perspectiva a respeito desses problemas e os torna mais factível para si mesmo sendo mais fácil de encará-los. Pensar que existem múltiplas histórias sobre si mesmo ocorrendo simultaneamente ou até uma história de sofrimento e vitória podem adquirir novos status a depender da forma que se é contado nos permite ressignificar alguns eventos da vida e enxergá-los como potência para mudanças significativas.
Acredito que a metáfora da narrativa diz muito sobre a essência do ser humano, já que, desde tempos remotos até hoje, muito conhecimento é transmitido através do boca-a-boca, logo, em uma terapia, a possibilidade de alguém poder contar sua história da forma como lhe é mais confortável ou como quer ser vista, é algo bastante poderoso. É poderoso porque ela pode ver além do problema e também se posicionar como uma figura ativa, até mesmo em momentos de trauma.
Penso a Metáfora Narrativa como uma potente ferramenta que possibilita a ampliação das histórias dominantes, e muitas vezes limitantes do indivíduo/coletividade. Devolve o seu protagonismo. Valoriza os conhecimentos, as competências e as experiências do vivido. Propõe um processo colaborativo e de co-construção.
Erika – São Paulo
Olá, falo de Dourados/MS- Brasil
Acho incrível como a prática narrativa nos permite recontar e ressignificar nossas histórias, e como podemos perceber na vida das pessoas e mesmo em comunidades, histórias únicas sendo repetidas como traços culturais e gerando sofrimentos sociais.
Penso em como podemos usar as técnicas narrativas no contexto das politicas públicas, justamente para externalizar as histórias únicas e problemáticas e abrir espaço para histórias de ressoluções.
Raum Batista, Rio de Janeiro.
as metáforas narrativas demostra uma maneira da pessoa ter acesso a sua história sem no entanto revitimizar, rememorar os fatos traumáticos, pelo contrario promove a dignidade , amplia a rede de apoio, reconhece suas lutas no enfrentamento das dificuldades a busca construir novas histórias para serem cotadas
Pensar na construção da subjetividade do ponto da terapia narrativa é libertar o indivíduo das amarras que o prendem a uma história linear e determinista, causadora de angústias e que sustentam discursos (muitas vezes produzidos pelo próprio indivíduo) capacitistas e limitantes. É realmente libertador enxergar os indivíduos como seres que produzem múltiplas histórias concomitantemente e que são atravessados por outros fatores externos, múltiplos e que afetam cada um de uma maneira diferente.
Olhar outras possibilidades de contar uma história é uma ferramenta muito potente, principalmente quando falamos de cuidado com a saúde mental.
Olá, me chamo Mylena Soares e falo do Rio de Janeiro/RJ-BR. Acredito que a metáfora narrativa seja uma ponte que possibilita a tradução de experiências/sentimentos já vividos. De uma forma menos áspera e cansativa, passa a ser possível, então, o encontro com passado/presente sem que haja um confronto excessivo consigo mesmo.
Sou de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Muito bom ter a oportunidade de conhecer o trabalho de tanta gente em busca de um mundo melhor. A metáfora narrativa dá a oportunidade da pessoa reconstruir sua história valorizando um lado que dificilmente apareceria dentro das conversas de métodos mais convencionais. Mostra a importância do sistêmico e exige do terapeuta um modelo de empatia de grande complexidade.
Eu sou Erika e falo do Rio de janeiro.
As nossas vidas são multi-estoriadas, temos muitas histórias sobre nossas vidas e relacionamentos, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Há sempre um contexto em que as histórias de nossas vidas são formadas e contadas. Estamos sempre em negociação e interpretação sobre nossas experiências. Podemos ter história de problemas como a única e dominante, deixando as outras histórias, as alternativas de fora. O terapeuta narrativo vai trilhar por caminhos diferentes ao convencional, buscando novas trilhas, alternativas, de exceções, novos atalhos que possam tecer novas histórias.
19 de abril, 2021. Rio de Janeiro, Brasil.
A primeira reflexão que me permito fazer é: Quais histórias da minha vida estão cristalizadas em um único enredo? Posso me permitir explorar novos territórios? E a respostas é sim, é possível. De alguma maneira, em algum ponto, eu fiz recortes de minha história. O porquê disso, eu ainda não sei. Mas tendo essa compreensão, que sou muito mais do que tenho contado de mim, já me abre grandes possibilidades. A compreensão que eu posso contas as histórias alternativas da minha vida, que foram de alguma maneira deixadas de ser contadas por mim, e por si só, algo maravilhoso. É um recomeço sim, um renascer. É perceber que posso ir além da minha limitação, e, portanto, contar as histórias alternativas da minha vida, e perceber a riqueza de conhecimento e experiência que posso obter a mim mesma.
Davina Cunha, de Salvador (BA), Brasil. Até agora refletindo sobre cada um dos artigos da Declaração da Terapia Narrativa do direito de contar histórias. Quanto isso é libertador para a vida pessoal e como é um aprendizado e uma inspiração para o lado profissional. Perceber a importância de considerar e respeitar todas essas premissas estão sendo de uma riqueza imensa.
Sou Thaís Habka, de São Paulo-SP.
Foi muito importante descobrir o caminho das práticas narrativas em minha vivência pessoal e profissional.
E chega a ser impressionante como algo que parece simples e óbvio, ainda acaba desapercebido em nossas vidas.
Somos feitos de várias histórias que acontecem mutuamente. E colocar a luz em outras narrativas, para além da dominante, pode nos mostrar novas direções de vida.
Quando pensamos em metáforas, quando pensamos em nossas próprias histórias, acabamos por nos deparar com histórias dominantes e, muitas vezes, essas histórias dominantes são aquelas que acabamos vivendo para agradar a terceiros, ou seja, nossos pais, amigos, familiares, colegas de trabalho, professores, enfim, sociedade em geral. As práticas narrativas vieram reforçar em mim essa percepção: – estou vivendo minha história ou a história que “planejaram” para mim? E como psicólogo me deparo com muitas pessoas que, ao buscarem ajuda, encontram-se dentro do mesmo dilema. Enfim, muitos questionamentos!
Acredito que a metáfora narrativa seja uma forma de entender o mundo, os homens e suas vivencias por meio das histórias contadas por esses. Essas histórias, essas sequências de eventos agrupados através do tempo com base em um enredo. Possui o poder de atribuir significado para as vivencias das pessoas e de influenciar a forma como são vistas pelos outros e por elas mesmas.
Desta forma, essas histórias tem o poder de influenciar a vida das pessoas em muitos âmbitos e por esse motivo devem ser o foco de trabalho do terapeuta. Uma vez que, as pessoas nunca possuem uma história única e que suas vidas são compostas de muitas histórias.
Entender a importância das histórias, da forma como elas são contadas e a multiplicidade de histórias que compõe as vidas das pessoas, abre um grande campo de possibilidades de mudança das histórias que estão tomadas por problemas. A medida que, podemos entender a história do problema como apenas mais uma história de uma pessoa que possui muitas outras a serem contadas.
Assim. torna possível a busca para que histórias de superação habilidades e valores sejam formuladas. E possam passar a ser contadas no lugar de histórias de sofrimento.
Uma técnica que observa com interesse genuíno e de forma curiosa as diversas histórias relacionada à um indivíduo. Também busca auxiliar o indivíduo a observar as perspectivas distorcidas de suas histórias, possibilitando que ele amplie seu fluxo de consciência e se aproxime de sua identidade.
Passa a ser possível separar as pessoas dos problemas e ajudar as pessoas a se desprenderem de traumas muitas vezes enraizados.
Beatriz – Santo André – SP
Meu nome é Laura de Mattos Machado, e eu achei esse módulo muito interessante e cheio de conhecimentos. Aprendi a ouvir sempre os dois lados da história, e não atribuir mais o povo à apenas uma coisa, roubando a dignidade desse povo. Aprendi a ser curiosa sobre a história de vida da pessoa, a observar como essa história afeta e influencia a vida dessa pessoa dando um aconselhamento necessário para ela, sem julgá-la, mostrando direções que possam ajudá-la a sair dessa situação, enfatizando que o problema não é a pessoa, o problema é o problema. Aprendi também sobre a importância da Declaração sobre os direitos das pessoas contarem suas histórias, dando voz a elas, mostrando seus direitos de justiça.
A metáfora narrativa refere-se às histórias que funcionam como molduras importantes através das quais construímos sentidos em nossas vidas. Acabamos por selecionar determinados eventos e tecendo histórias dominantes. Porém, ao explorar as histórias alternativas, outras possibilidades de existir no mundo podem ser construídas. Nessas conversas que buscam histórias alternativas significativas para a pessoa, pode-se quebrar as finas conclusões, proporcionando ricas descrições, rompendo a influência do problema. Dar sentido a outras experiências que foram negligenciadas e que trazem outras possibilidades não exploradas – penso que isso é algo verdadeiro e possível em nossas vidas e no meu trabalho como psicóloga. Co-construir novas formas de existir no mundo – novas narrativas.
Olá! Falo de Ribeirão Preto – SP.
Este capítulo foi muito importante para compreender melhor o conceito de metáfora narrativa, bem como a compreensão de que a vida é multi-historiada. Fez muito sentido!
Pensando sobre as histórias dessa maneira, o que me vem primeiramente é pensar que por trás dessas histórias existem pessoas, vidas…
A pessoa não é o problema, o problema é o problema.
Assim, deixamos de marginalizar as pessoas por suas histórias.
Fantástico!!!
Escrevo de Franca – São Paulo (Brasil).
A metáfora narrativa pode ser interpretada como os contextos em que a história daquela pessoa vai se desenrolando e como ele reage a ela e interpreta os resultados de suas ações dentro daquele contexto.
Conceber a ideia de historias negligenciadas que, ao serem revisitadas e colocadas sob perspectiva, desarmam o sentido dominante do problema é um caminho possível de ser feito com o cliente rumo à mudança. Além disso, me parece muito coerente com uma concepção contemporânea de ser humano e sociedade, onde o relacionamento tem papel fundamental na produção de sentidos. A metáfora pode ser poderosa na definição detalhada de um dilema e um atalho sempre que este for retomado.
Este modulo aponta para a importância de se ficar atento ao que nos é contado, como é contado na linha do tempo , o que fica mais explicito e como explorar, através de perguntas, de uma outra forma pelos fatos que podem ser considerados menos significativos e acabam trazendo positividades. Enfim a descoberta de um novo olhar sobre a história contada, ie além…
Também me traz a reflexão dos pontos que posso ter fragmentado na minha história e que estreitam minhas possibilidades.
A ideia de ter a como pronto de partida a narrativa e o enredo realmente é muito interessante, vai além de uma ótica patologizante.
Rafaella, estudante de psicologia, escrevendo de Franca/sp.
A compreensão de que as histórias são molduras importantes através das quais damos sentidos a vida é muito interessante e pertinente para a prática terapêutica. A utilização de metáforas nos auxilia a ampliar os sentidos das palavras e abrir novos caminhos para as transformações que são buscadas.
Achei muito interessante essa reflexão sobre o modo que construímos as histórias de nossa vida, e de que modo essas construções não são coincidências ou eventos ao acaso, mas construções que influenciam nossas tomadas de decisões, a auto imagem, o modo como lidamos com determinadas situações, sobre o modo como entendemos nossa história e a história do outro, também é construtor do futuro. Também é muito enriquecedor pensar sobre explorar histórias alternativas, chamar atenção ao que é contraditório e o que pode construir novas perspectivas de vida, que podem ajudar a lidar com os problemas e a construir soluções.
A metáfora narrativa permite contar histórias de experiências vividas (e, eventualmente, menos exploradas) com riqueza de detalhes e por uma perspectiva diferente, de forma a dar complexidade às experiências e ao mundo interior. Permite que o indivíduo ganhe agência, ao tornar-se autor e ator das suas narrativas.
Do ponto de vista clínico, a metáfora narrativa permite que a pessoa em sofrimento se separe do problema e, ao narrar novas histórias, encontre novas perspectivas da sua própria identidade.
A riqueza desta abordagem não se esgota no contexto clínico, mas antes pode ser encarada como um modo de vida, que permite acrescentar complexidade às vivências, tornando as vivências e os indivíduos plenos de significado.
Ana Filipa, Fafe – Portugal
Metáfora narrativa surgiu para mim como uma maneira de (re)criar e (re)contar histórias sobre nós. A partir das referências apontadas, penso como a clínica com bases narrativas parece como um processo de caminhar abrir trilhas, enlaçar diferentes histórias e perspectivas. Olhar e negar a história única sobre si e o mundo, história que configura um pré-conceito, uma identidade fixa e imutável. Abrir o horizonte de outros possíveis eus, passados, presentes e futuros. Fala de um processo de dar o próprio nome, refazer percursos, não ser definido pelo que nos nomearam. Desassociar-se do problema, daquilo que nos foi imputado, ter a chance, e a aposta, de forjar novos eus e outres.
Rosemeire C. S. Moraes, São José do Rio Preto – SP – Brasil
Descreveria uma metáfora narrativa como uma importante maneira de darmos sentido a nossa vida. Não nos prendendo a uma única história, mas nos abrindo a possibilidade de resinificarmos os eventos através das nossas histórias. Dentro de novas histórias as pessoas constroem novas possibilidades de autoimagem, relacionamentos e futuros, algo fantástico na vida de alguém em sofrimento.
Olá me chamo Thaís, e falo de Umuarama-PR, Brasil.
Muito enriquecedor o material disponibilizado, estou revisando e complementando o que sei sobre a Terapia Narrativa. Me tocou muito o vídeo sobre o perigo de ter uma história única, de fato é algo observável na nossa cultura, o quanto são recheadas e difundidas histórias lineares de um único povo. Ademais, estou gostando muito do curso.