Neste capítulo final, levamos algum tempo para refletir sobre seu aprendizado e os próximos passos que você pode dar em sua jornada com práticas narrativas.
Aqui consideramos o processo de começar a se envolver com idéias e práticas narrativas. Neste artigo, Alice Morgan compartilha alguns de seus pensamentos:
Começando a usar uma abordagem narrativa em terapia | Alice Morgan
Agora que você leu o texto acima, nós te convidamos a:
Pensar em apenas uma coisa que tenha ressonado particularmente sobre as ideias e práticas narrativas que você tem tentado aplicar mais em seu trabalho.
O que você chamaria de princípio ou ideia? Dê um nome. Diga algo sobre isso – descreva do que se trata, sua compreensão, em suas próprias palavras.
Dê mais alguns detalhes sobre isso, por exemplo: Quando você percebeu essa ideia ou princípio no trabalho? O que te disse que isso era importante para você?
O que você está fazendo atualmente que você diria que é um reflexo dessa ideia, prática ou princípio em particular? Fale um pouco sobre as vezes em que você pensou ter conseguido aplicar a ideia ou princípio à sua própria prática.
Quando você fez isso, o que você percebeu? Como isso afetou, por exemplo:
- A conversa em que você estava envolvido no momento?
- Seus pensamentos sobre você?
- As outras pessoas que estavam com você?
- Suas esperanças ou planos?
- Seus sentimentos?
- Como foi isso para você? Você gostou ou não?
- Isso combina com você ou não?
- Por que você faz essa avaliação? O que isso parece se encaixar?
Por favor, compartilhe seus pensamentos e respostas com os outros abaixo!
Para se juntar a outras pessoas em conversas contínuas e futuras, você pode visitar:
Narrative therapy Facebook Communities
Para outras formas de aprender e trocar idéias, você pode visitar:
International Narrative Therapy & Community Work Conferences
International Journal of Narrative Therapy and Community Work
Para encontrar cursos online que aprofundam mais nos assuntos, clique no link: Externalising conversations and Re-membering conversations
Feedback: Por favor, dê sua opinião sobre como este curso foi para você ou suas esperanças para cursos futuros! Gostaríamos muito de te ouvir. EmailS para contato: [email protected] & [email protected]
Módulo de Certificação
Se você gostaria de receber um certificado para concluir este curso, pode fazê-lo por uma taxa de R$215,00. Para se qualificar para este certificado, você precisará:
– completar um breve ensaio sobre a prática narrativa (1.000 palavras)
– completar um teste curto com nota de aprovação de pelo menos 80% (o teste pode ser feito mais de uma vez).
Obrigado por se juntar a nós nesta jornada.
Esperamos que você tenha achado este curso útil e proveitoso de alguma forma.
Nos vemos, novamente, em breve!
Rótulos e diagnósticos sempre me incomodaram, então estudando a prática narrativa pensei que minha prática em ouvir os pacientes, deixar eles mesmos serem os protagonistas das suas histórias e conseguir diferenciar a pessoa do problema fazia sentido e poderia estar no caminho certo ou no caminho que faça me sentir útil como terapeuta.
Também me soa assim, sempre me incomodou estas questões padronizadas.
Este curso foi muito bom soube de coisas que não sabia
Curso maravilhoso
Giovanne, que bom que gostou!
Este curso é muito bom, desenvolve a nossa capacidade de opinar sobre muitas coisas que não sabiamos.
Esse curso é muito inspirador pois, já conhecendo muito das práticas narrativas, ainda assim, ele é de uma maestria em nos manter encantados com seus instrumentos e a maneira fluida e agradável com que as temáticas nos são apresentadas. Só aprofundou e enriqueceu meus conhecimentos. Indicarei para todos os que acredito desfrutar da Narrativa como prática de vida.
Parabéns ao Dulwich e ao Reciclando Mentes por nos oportunizar essa relíquia!
Verdade, também ajuda bastante em nossa vidas particulares.
A ideia de pensamento crítico e do constante questionamento que nosso trabalho deve estar focado sempre na história de quem nos consulta é o que mais me chama atençao. É um treinamento intenso e contínuo, mas muito gratificante para nós enquanto pessoas participantes do processo. Obrigada por essas ideias, por esse texto ótimo e pelo curso!
Gostei demais deste artigo da Alice Morgan. Normalmente lemos os materiais publicados das pessoas quando elas já são renomadas no assunto, então é mais difícil ter uma relação de igual para igual. Sempre que eu leio algo sobre terapia narrativa, fico muito excitada, querendo fazer muito diferente e de formas muito criativas, mas eu nunca sei por onde começar. Embora os textos sejam bastante explicativos e deem várias opções de perguntas, acho que sempre se parte de um pressuposto que fazer perguntas é algo simples. Eu não acho fazer perguntas uma coisa simples, especialmente quando nos importamos tanto com elas.
Tenho bastante preocupação em não fazer perguntas “pegadinhas” ou que coloquem as pessoas em situação de coação ou intimidação. Achei este texto da Alice Morgam muito inovador neste sentido, ela conta os primeiros passos, como começou a pensar e fazer para que se tornasse mais fácil fazer boas perguntas.
Eu me vi muito em algumas de suas impressões como “não estou sendo uma terapeuta narrativa apropriada”. Obrigada por compartilhar este material!
Acho a técnica de fazer perguntas de forma a externalizar o problema, a chave da terapia narrativa.
A ideia que me foi bastante forte foi a de externalização do problema, que a meu ver é a chave da terapia narrativa, uma volta a Durkhein. Isto me veio quando estava atendendo e veio a ideia e continuando atendendo tendo como premissa esta ideia
1. A conversa em que você estava envolvido no momento? Sobre a questão da depressão.
2. Seus pensamentos sobre você? Como iria externalizar tal problema
3. As outras pessoas que estavam com você? Absorveram a questão
4. Suas esperanças ou planos? De aprofundar esta técnica
5. Seus sentimentos?Gratificantes
6. Como foi isso para você? Você gostou ou não? Muito bom, aprendi muito
7. Isso combina com você ou não? Acho que é a minha cara
8. Por que você faz essa avaliação? Por que me envolvo sem ansiedade
9. O que isso parece se encaixar? Com o que estava procurando para a exercer a atividade de terapeuta
Como uma outra colega citou acima, me incomodam os rótulos e diagnósticos. Tenho grande interesse na saúde mental e psicopatologia, mas creio que a rotulação traz um “ar” negativo ao indivíduo, transforma-o no ‘sujeito doente’, além de transformá-lo em mais um número (de pessoas) com a doença (em uma clínica,por exemplo) , discriminando suas necessidades particulares e singularidades.
Eu amei cada capítulo do curso e vou guardar os conhecimentos não só como forma de aprendizagem e metodologia, mas também, como de reflexão e autoconhecimento.
Desde o início do curso tenho tentando trabalhar na clínica com a ideia de externalização, que chamaria de prática de desconstrução do problema da forma que ele surge para nós. Conseguimos com essa prática separar a pessoa do problema e ampliar sua percepção de modo a concebê-lo como produto de fatores políticos, culturais e sociais e não fruto da identidade pessoal. Essa forma mais ampla de olhar para o problema ou para as descrições saturadas do problema traz novas possibilidades para a pessoa olhar sua experiência e construir possibilidades futuras. Essa ideia da externalização se apresentou para mim como mais um convite para ampliar meu olhar sistêmico e embasar minha prática numa postura menos reducionista e que possa ajudar a pessoa a ter o controle sobre sua vida e possibilidades. Focar na potência da pessoa, em suas habilidades , propósitos, competências, sonhos e desejos ao invés do foco ser nas histórias e identidades negativas. Na maioria das vezes que usei a externalização com as pessoas, foi surpreendente o resultado, elas saiam da sessão parecendo mais leves e confiantes e isso também me fez ficar mais confiante e ansiosa por um maior conhecimento sobre a Terapia Narrativa e sua prática transformadora. Agradeço a oportunidade de um curso tão rico e motivador.
SANDRA MARA DE MELLO
BARRETOS-SP
A externalização do problema foi o que mais me chamou à atenção. Como isso faz diferença no diálogo com as pessoas que passam a entender que elas não são o proplema, o problema é que é o problema.
O conteúdo deste modulo, foi muito enriquecedor, especialmente o artigo da Alice Morgan.
Conhecer este curso foi algo maravilhoso. Fiquei encantado com a idéia de ajudar as pessoas a se tornarem ainda mais protagonistas de suas histórias e vidas em todos os aspectos. Convidá-las para escrever, nomear e recontar seus problemas e caminhos de solução torna minha prática mais leve, ajuda a pessoa a entender melhor sua vida e favorece o uso do potencial criativo de cada um. Muito feliz e grato a toda equipe que elaborou o curso. Espetacular!!!
O que mais ressoou para mim, em minha atividade como psicólogo, foi a questão de não rotular o paciente, de saber que o problema é o problema e que, além disso, a própria pessoa é a maior conhecedora de sua própria realidade. Ao mesmo tempo, quebrar esse paradigma de colocar o profissional como o detentor do conhecimento é algo desafiador, visto que são décadas e décadas em que o paciente é visto como passivo, não tendo nada a oferecer. Enfim, são muitos aprendizados e pretendo continuar me aprofundando e especializando cada vez mais nesta área.
Excelente o percurso até aqui. Foi um grande aprendizado, além de muito prático. As técnicas são o suporte para um atendimento muito mais humanizado, mas nenhuma técnica substitui o fato de as relações humanas necessitarem do encontro como meio e forma de interagir. Gratidão aos organizadores.
A terapia narrativa nos ajuda a enxergar os indivíduos como sujeitos e não apenas as características e as histórias que lhes são salientes. Obrigada por esse curso maravilhoso!
A terapia narrativa e este curso me mostraram novas formas de atuação e também, uma nova forma de ver as pessoas e seus problemas. A posição descentralizada do terapeuta, que não assume um local de poder sobre as pessoas, e as colocam como protagonistas de suas próprias histórias, tira um peso de minha atuação, nunca gostei da ideia de classificar os comportamentos e fornecer através da psicologia estigmas que a pessoa levaria para toda a vida.
A ideia de que “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”, foi uma das que me chamou atenção desde o meu primeiro contato com a terapia narrativa no final da minha graduação. Pois, quando não caracterizamos a pessoa como sendo o problema, ou não o localizamos dentro dela. Tornamos possível a discussão sobre valores, sonhos e recursos que fazem parte de histórias preferidas que não estão tomadas pelo problema.
Franca/SP
Considero que todo o material do curso foi muito bem escolhido e pertinente para que pudessemos ampliar nossa compreensão acerca das práticas narrativas. É muito bom e motivante pensar que existem caminhos para exercer práticas comprometidas com mudanças sociais e que valorizam o pensamento crítico. Além disso, as práticas narrativas reforçam a importância do fazer coletivamente e em colaboração.