“A pessoa não é o problema, o problema é o problema”. Estas palavras de Michael White tornaram-se bem conhecidas no campo da terapia narrativa. Neste capítulo, exploraremos formas de externalizar problemas e as possibilidades que isso traz.
As perguntas e respostas do link a seguir, sobre “externalização”, foram criadas em resposta a solicitações regulares dos profissionais. Tentamos responder a algumas das perguntas mais comuns em contextos de treinamento. Este artigo foi publicado pela primeira vez no Jornal Internacional de Terapia Narrativa e Trabalho Comunitário, 2002 No.2, e pode ser encontrado no livro “Terapia narrativa: respondendo às suas perguntas” (compilado por Shona Russell e Maggie Carey (Adelaide: Dulwich Center Publications, 2004).
“Externalização – Perguntas Frequentes”
Esta é uma história de “Sugar”, escrito pela tia Barbara Wingard. É uma história sobre tentar encontrar novas maneiras de trabalhar, tentar coisas diferentes e de dar novos passos.
Este curta-metragem nos ajuda a visualizar como os problemas de “externalização” podem se parecer e se tornar possíveis.
Em colaboração com a Organização Mundial de Saúde, Matthew Johnstone conta a história da superação do “cão negro da depressão”. Mais informações sobre o livro podem ser encontradas aqui: http://matthewjohnstone.com.au/
Nesta apresentação, Mark Hayward baseia-se nas ideias de Michael White descritas no livro “Mapas da Prática Narrativa”. Mark nos leva através do “Mapa de Posição 1”, de Michael White, e como este mapa permite conversas externalizantes. Dentro desta apresentação, Mark também te convida a mapear uma conversa de externalização. Esperamos que este vídeo permita que você comece a usar ideias de externalização com as pessoas com quem está se encontrando!
Por favor, faça o download dos seguintes documentos interativos.
Mapa de Declaração de Posição | Apresentação de Powerpoint
Tabela
Sinopse
Transcrição da Conversa de Joe
“Conversas externalizantes em que o problema se torna o problema, não a pessoa, podem ser consideradas contra-práticas para aqueles que objetivam as identidades das pessoas. Conversas externalizantes empregam práticas de objetivação do problema contra práticas culturais de objetivação de pessoas ”(White, 2007, 26).
Outros recursos:
Caso você tenha interesse em saber mais sobre os problemas de externalização, se inscreva no nosso site. Em breve disponibilizaremos mais cursos online. Você pode, ainda, conhecer os cursos online oferecidos pelo Dulwich Centre através do link http://narrativetherapyonline.com/moodle/course/.
Para refletir:
Qual recurso deste capítulo chamou particularmente sua atenção e por quê?
Que tipo de problemas podem ser externalizados em seu contexto?
Que diferença isso pode fazer?
Agora, por favor, considere conversar com os outros participantes deste curso nos comentários abaixo. Você pode falar sobre as idéias, perguntas e questões que esses recursos levantaram para você! Por favor, inclua de onde você está escrevendo (Cidade e País). Obrigado!
Oi, eu sou do Rio e estudante de Psicologia ainda na minha primeira graduação e um ponto que ficou para mim depois de interagir com todos os recursos dessa aula é essa questão da externalização X responsabilidade das suas ações. Eu acho que ter isso em mente é essencial para poder ter uma boa conversa terapêutica onde haja reflexão e possibilidade de crescimento do cliente que procura essa conversa. Também achei essa questão da caracterização/nomeação do problema como algo que permite a pessoa ser autora e protagonista do seu problema muito valiosa. A pessoa é quem conhece todas as facetas do seu problema e é ela quem apresenta o problema ao terapêuta/médico/família, o que for. Penso que só esse detalhe já deve trazer muito poder e força para essa pessoa. Gostei bastante de ouvir/ler a transcrição da sessão do Joey, deu um toque muito palpável para todo o conteúdo que nos foi apresentado até aqui.
Realmente, esta questão da externalização x responsabilidade é muito importante, como como vemos no vídeo, nos casos de violência e abuso. Nestes casos a pessoa quem praticou estes atos devem ser por responsabilizados e com isto através do processo de externalização construir uma historias desses atos.
é incrível como externalizar os problemas ajuda a lidar e a se responsabilizar com as coisas que acontecem na vida. Deixando tudo de forma mais clara e tranquila, enfatizando que o individuo não é o problema.
O recurso deste capítulo que mais me chamou a atenção foi levar o terapeuta a ir se capacitando de que a externalização do problema ajuda os clientes a perceberem que eles podem se pensar de maneira desvinculada do problema, isto é, o problema não os constitui essencialmente. Os problemas podem ser tratados em termos de seus efeitos nas vidas das pessoas e de como as pessoas podem conseguir reconhecer suas habilidades em lidar com eles, para atingirem um resultado preferível. Isso empodera as pessoas.
Os tipos de problemas que podem ser externalizados em meu contexto podem ser ligados às relações familiares, por exemplo, as maneiras de ser das pessoas que podem causar desconforto ou brigas. Se uma pessoa das nossas relações nos descrever como “medroso”, por exemplo, podemos externalizar o que nos afeta nisso conversando a respeito da opinião da pessoa sobre nós, e não nos identificando com o medo ou que o medo seja nossa característica intrínseca. Assim, podemos fazer o outro fefletir sobre isso como uma descrição, e nós mesmos lidando com um setimento e o que podemos fazer com ele.
A diferença que isso pode fazer é nos dar ação sobre nossos sentimentos, nos tornando agentes, nos dando possibilidades para efeitos mais desejáveis e relações mais harmoniosas.
O que mais me chamou atenção foram dois pontos: Quanto mais ricas forem as descrições das histórias alternativas, provavelmente, mais trarão pertencimento e aproximação às experiencias das pessoas, portanto, maiores chances de se apropriarem, de realizarem mudanças em suas vidas. E outro, a perspectiva de poder atribuir as parcelas de influências culturais e históricas aos seus devidos âmbitos.
Deve ser muito gratificante, enquanto terapeuta, poder se aventurar em processos de descobertas de tantas outras possibilidades de formas de viver.
Rio de Janeiro – BR
Esse módulo me fez refletir bastante sobre a possibilidade de personalização. Em meio a tantos rótulos, diagnósticos pré-definidos e padronizados, buscar como cada sujeito vive sua experiência, o que ela representa pra ele e pro seu contexto me parece um passo muito potente e fundamental em um processo terapêutico.
Rio de Janeiro – Brasil
Particularmente me chamaram atenção os recursos usados no curso para transmitir as informações deste capítulo; a declaração de posição mapa 1, acompanhado das excelentes explicações do vídeo, por exemplo.
Ficou muito bem assimilada a a importância e cuidado que se deve ter ao trabalhar no sentido de ampliar a descrição das historias alternativas, de maneira mais rica possível, para que assim a pessoa encontre mais opções de ação para mudanças significativas frente ao problema.
Também achei! O vídeo de Mark Hayward foi muito instrutivo para mim, de forma a me fazer pensar a respeito da minha prática e repensar alguns casos que estou atendendo, de que maneiras posso conversar com os pacientes e ouvir seus problemas.
Para mim, foi muito útil a explicação da Externalização como oposto da Internalização dos problemas, porque este último termo é mais familiar para mim, esteve presente em muitos dos meus estudos em psicologia, e pensar na Externalização como uma prática em oposição a esse conceito mais familiar, facilitou muito meu entendimento.
Também foi útil ler que grande parte dos problemas enfrentados pelas pessoas têm a ver com a internalização de tantas questões que, numa análise mais profunda, estão fora delas. A questão do alívio da “culpa” em troca de “assumir responsabilidades pelas ações” abre possibilidades profundas de diálogos e de reconhecimento de forças e habilidades até então escondidas por trás dos “problemas” internalizados.
No meu contexto, problemas como a violência doméstica e social, os comportamentos agressivos, e as relações de abuso, e de depressões e vícios em álcool/drogas podem ser analisados de forma muito mais profunda em grupo/família ou individualmente através da prática da Externalização, sem portanto, eximir os envolvidos de suas responsabilidades pelos atos/palavras.
A diferença que pode fazer está na criação de caminhos alternativos para o auto entendimento, onde o indivíduo poderá se ver através de uma lente alternativa, abrindo novas possibilidades de diálogos com o “problema” que, a esse ponto, estará “fora” dele, abrindo novas narrativas de vida. Manter um diálogo e interação com o problema externalizado, para que as responsabilidades possam ser assumidas, as consequências analisadas e as alternativas possam ficar mais claras.
Importante também a parte do reconhecimento de que o problema pode trazer algo “de positivo”. Num diálogo à distância com o problema, podemos encontrar lados positivos nele, como a possibilidade de aprofundamento e reconhecimento de habilidades da pessoa que ele pode ter trazido à tona.
Rio de Janeiro – Brasil
O recurso da externalizaçao sempre me encantou. Ele pode ser usado no consultório de uma forma leve, lúdica, o que retira aquela carga enorme de culpa que as pessoas que nos procuram apresenta. Pensar na diferença entre culpa e responsabilidade pelas açoes é algo muito rico no meu trabalho, uma vez que a culpa tende a ser internalizada. Esse recurso de tirar os problemas de dentro da pessoa é o início para um processo terapeutico que dá autoria as pessoas.
Fiquei com a sensação de que o processo de externalização do problema possibilita uma maior reflexão sobre a situação que a pessoa está vivenciando, trazendo um olhar mais amplo e com maior clareza da situação.
Entendi também que algumas situações precisam de um olhar cuidadoso e responsável, principalmente quando envolvem abusos ou situações de violência.
Meire – Campinas/SP
A externalização é libertadora, traz o indivíduo para fora e contribue no seu desenvolvimento como pessoa e, no âmbito social, familiar…
Olá, falo do Espírito Santo, da cidade de Vitória. A experiência do Mark com o Mapa de Declaração de Posição I me fez compreender como pensar em uma conversa com alguém que me apresenta sua narrativa saturada de problema. Pude entender a ideia de Michael White sobre andaimes, o que tinha certa dificuldade até então. É uma maneira bastante útil de me organizar durante uma conversa de externalizacao. Em meu contexto, em que é dominante a descrição de diagnósticos como inerentes às pessoas, é fundamental agir de forma a facilitar a separação do problema em relação à pessoa. Promove um salto político no sentido de tornar o território clínico livre para a ação da pessoa que busca ajuda, ela resgata o senso de agenciamento pessoal e observa que tem competências para lidar com o problema. Não delega a solução, portanto, àquele “consagrado” como profissional/especialista.
Gosto quando você fala em desenvolver o discurso politico à pessoa em terapia, uma vez que segundo Foucault somos atravessados por discursos políticos de poder que nos assujeitam em identidades doentias. Dar este salto, como diria Kierkergaard, para fora desse discurso dominante e produzir uma história própria é produzir uma política do “próprio”, no dizer de Nietzsche
Rosângela Coimbra Brasil Amaral – Belo horizonte – Minas Gerais.
Para mim que conheço pouco ainda da teoria, achei bastante significativos os conceitos de histórias internalizadas e externalizadas, até porque nossa cultura reforça muito a primeira que rotula as pessoas. E a beleza da possibilidade de rompimento de histórias estreitas para a riqueza de histórias alternativas que mostram ao cliente novas trajetórias para utilização de potenciais recursos na soluções de seu(s) problema(s). A medida que os problemas são despersonificados, saem de seu interior e a pessoa passa e vê-lo de forma diferente, com mais leveza e clareza, descobrindo formas de resolvê-lo.
Realmente, o contexto cultural em que vivemos é um dos fatores que muito contribuem para a produção histórias dominantes, não que este seja o “culpado” pela internalização destes conteúdos de disfunção pessoal, entretanto, no ato em que estamos trabalhando a externalização, quando estamos nomeando e caracterizando o problema, dar consciência ao co-autor desses fatores é passo importante para que histórias alternativas sejam produzidas.
Todos os recursos foram de encontro às minhas necessidades como terapeuta. A externalização facilita o reconhecimento e o aprofundamento dos problemas trazidos pelos pacientes e suas famílias. Caracterizar e nomear os problemas, analisar os efeitos deles, investigar a posição da pessoa facilita o contato com os processos internos que, inicialmente não estão tão disponíveis.
A diferença mais significativa que o processo de externalização pode trazer é tratar o problema como algo externo, não subjugar ou limitar as possibilidades das pessoas diante deles.
Manaus/Amazonas/Brasil
Nunca tinha estudado sobre a externalização, apesar de utilizar algo parecido na minha prática, então reconhecer esse jeito de lidar com a história e os problemas dentro de uma técnica organizada e aprofundar este estudo está sendo fantástico.
Não trabalho com crianças, e um dos motivos é que sempre achei que não conseguiria criar um vínculo e falar a mesma linguagem delas, esse exemplos trazidos desconstroem esse meu pensamento.
Com certeza saio mais segura e cheia de ideias para meu trabalho.
Cuiabá/Brasil
A externalização é uma forma muito interessante de exposição, também uma boa ferramenta para auto conhecimentos, pois para registrar algo é preciso organização e entendimento, itens ideais para a solucionar alguns problemas imediatos e amadurecer decisões futuras.
Trazer os problemas para fora é realmente importante, as pessoas se afundam nos conflitos e não enxergam possibilidades de solução por dificuldade de se desprender dos problemas, elas ficam tão imersas que não tem mais foco, mas com a externalização, a mente dela se liberta um pouco da pressão e ajuda no auto conhecimento, saber o motivo do problema e como a afetou tanto, ajuda no desenvolvimento pessoal e a traz de volta para a realidade antes do problema, com isso ela tem um olhar mais claro e pode tentar resolver seus conflitos internos.
Olá, sou Letícia do Rio de Janeiro.
Gostei muito desse capítulo. Foi a primeira vez que entrei em contato com o método de externalização e acredito ter entendido bem a principal idéia e conceitos relacionados a ele. Ao mesmo tempo que existe o Mapa para guiar essa prática, é importante lembrar como o terapeuta e o paciente tem a autonomia de criar o que for relevante para ele, pois é fundamental que seja pessoal. Achei o material bem didático, com os vídeos combinados com as apresentações em slides e os exemplos mais concretos.
Nunca usei a externalização. Achei fantástico o efeito que ela pode promover, tanto no terapeuta quanto no paciente/cliente. Quando a externalização realmente acontece, creio que a liberdade de ser deva ser aliviante.
Olá sou de Cuiabá e meu comentário e :Investi neste processo de ampliação de conhecimentos e troca de experiências em sua organização, pois, com certeza, por meio de ações assim, você e seus profissionais só terão bons frutos a colher no futuro.
Devemos sempre lembrar que “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”.
Achei muito interessante esse módulo, pois entendi que a partir do momento que mostramos para o outro que ele não é o problema, abre-se portas para explorar tudo de melhor que há no indivíduo, como os conhecimentos e até mesmo seus sonhos.
A externalização nos ajuda a separar a nossa mente do problema, já que quando temos alguma dificuldade, nós apenas nos focamos nela. Então a externalização vem como uma ajuda para a nossa mente retomar o foco dela para coisas além do problema, e procurar o motivo do problema e o efeito que ele tem, também nos ajuda a superá-lo.
A externalização é uma forma de ajuda para pessoas que não conseguem se desprender de uma circustância ou problema, o qual, ele não tem a capacidade de reorganizar o cérebro para solucionar, tornando assim um tipo de desespero que o perseguirá até a morte. Mas a externalização ajuda o indivíduo a olhar ao redor de si e ver coisas que pareciam estar nas sombras onde ele não conseguia observar. Fazendo assim uma porta para as mais de mil possibilidades além do problema que o cercava.
Mell, você fez uma boa análise da externalização. Pontuando-a como forma de auto-avaliação.
Eu entendi que nos as vezes tratamos um problema como um bicho de sete cabeças e em vez de buscar como solucionar ele nos ficamos presos nele e a externalizaçao vem nos ajudar com isso!
Sobre a externalização entendi e quero por em pratica que “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”, como diz Michael White. É importante sabermos sobre isso para colocarmos em pratica no nosso dia a dia também. Sempre procurarmos saber da pessoa e não o problema em si.. O problema nem sempre é tudo o que pensamos, que vai ser difícil e é melhor deixar pra la, temos que enfrenta-lo mas não esquecendo da pessoa que esta com você, durante o processo.. Tem que saber dividir bem.
Muitas vezes vemos os problemas como algo muito ruim , e que pode nos prejudicar muito mas se nós pararmos e analisarmos o problema , muitas vezes veremos que o problema está la para algo melhor ou mais profundo , por exemplo a febre ,ninguém
gosta , mais já pararam para pensar que quando temos febre é por que o nosso corpo esta tentando expelir algo que não é bom…
Então muitos problemas nós só estamos olhando pelas perspectivas erradas e quando conseguirmos tirar o melhor disso , melhor será para nós.
Cuiabá/Brasil
O que mais chama a atenção é o módulo “A pessoa não é o problema, o problema é o problema”, podemos tirar a reflexão de que a externalização é uma forma de autoconhecimento, pois, para expormos uma situação que nos incomoda ou é vista como um problema, nós precisamos primeiro encontrá-lo e reflertimos sobre o que ele é e o que causa. Sem contar que essa é uma forma de se “aliviar”, um desabafo, pois ao colocar o problema para fora, nós já damos um grande passo para solucioná-lo e também acabamos por encontrar pessoas que passam ou já passaram pela mesma situação, criando uma corrente de autoajuda.
A externalização ajuda a despertar para a realidade, pois várias pessoas tem uma certa dificuldade de enfrentar seu problema,fazendo com que ocorra uma evolução na mente do individuo, abrindo novos caminhos para enfrentar seu incômodo na sua consciência.
Entendi que devemos olhar o lado bom das situações ruins que nos acontece.E que as vezes o problema que está acontecendo não seja tão grande,ou preocupante para ser levado da maneira que você esteja levando e sempre procurar ver o porquê daquilo estar acontecendo e achar soluções para melhorar.
Giovanne, sempre há perspectivas que nos são desconhecidas, né? Boa reflexão!
Cuiabá-MT
Para mim o que mais me chamou a atenção foi a externalização como oposto da Internalização dos problemas, afinal , é uma forma de ajudar pessoas que não conseguem resolver um problema que não iriam conseguir antes.
A externalização ajuda a resolver aquele problema de sentir alguma “culpa” por algo que fez para outra pessoa e a questão social (abusos,vícios,responsabilidade por seus atos,etc.).
Cuiabá-MT
A externalização serve para separar o afetado do verdadeiro problema, como os vários exemplos de depressão dados acima, facilitando o combate a tal problema.
Achei interessante a fala de Michael White: “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”.
Compreendi que se mostrarmos para o outro que ele não é o problema, seria uma forma de expandir os seus conhecimentos e fazê-lo perceber que superando aquela dificuldade, muitos caminhos iriam se abrir…
Eu entendi que a externalização é um processo de conhecimento, ajuda as pessoas que estão afundadas em problemas a enxergar soluções para vida, muitos não procuram ajuda e desistem, tem dificuldades para enfrentar a realidade, entrando em depressão e chegando a ponto de tirar sua própria vida.
esse capítulo mesmo não tão diretamente trata um pouco da depressão, que uns dos principais ‘problemas’ dessa doença é a certeza da insignificância da pessoa e a dificuldade de lidar com os problemas que elas acreditam que estejam com elas porém como o próprio texto diz “a pessoa não é o problema, o problema é o problema”. Então o que devemos fazer é entender o problema fazendo indagações a ele e colocando para fora e assim soluciona-los pouco a pouco, conversar com pessoas também é muito importante pois conseguimos nos expressar e as vezes muitas pessoas tem algo em comum com aquilo que você está passando e com isso compartilhar conhecimentos facilita o convívio em sociedade também.
Boas reflexões, alunos do 1° ano C!
Falo do Rio de janeiro, Brasil.
O que mais me chamou atenção neste módulo foi a forma como Michael White propôs o desenvolvimento da externalização na sessão. As 4 categorias (caracterização, efeitos, posição e valores) abarcam a base de uma conversa que permite conhecer mais a fundo do que é o problema para o próprio paciente, e grandes questões que o cercam. A partir do gráfico exposto por Mark, também podemos não só observar onde estamos chegando na conversa, como também a quantidade de vezes em que pudemos acessar um determinado tópico.
Em meu contexto (mas no passado), a ansiedade seria um tópico para externalizar, e a diferença em minha vida seria a capacidade de reflexão e compreensão, que ultrapassasse as definições internalizadas e a visão fechada sobre o problema.
Salvador – Bahia
A metáfora da externalização é poder perceber que ao colocar para fora o problema que vivemos, podemos abrir novas possibilidades que podem se tornar visíveis e acessíveis.
Olá, meu nome é Marianna Mendes e falo do Rio de janeiro, Brasil. O recurso do “mapa de posição” para mim é um artifício muito interessante para tratar a questão que atormenta o paciente, pois faz com que o mesmo pense a respeito de sua questão, a conheça mais, de mais sentido e ação a elas. Você externalizando, e assim dando caraterísticas para seu problema é mais fácil de superá-lo e entende-lo, você amplia seu olhar sob a situação.
Acredito que a depressão e ansiedade são os problemas que procurei externalizar e que estão presentes em meu contexto, e fez muita diferença para mim na hora de enfrenta-los, dando responsabilidades aos sentimentos e questões que atrapalham meu dia a dia.
A externalização é um meio utilizada pelos psicólogos para que os pacientes possam se distanciar dos seus problemas. Muitas vezes, as pessoas que vão à terapia estão muito ligadas às seus problemas e seus sintomas. Tanto que vivem como se eles fossem parte de si mesmas, sem a possibilidade de ampliar a sua perspectiva para enxergar a sua realidade de outra forma. Elas conversam com os psicólogos porque sabem que os seus problemas estão tornando eles vuneráveis.
Bom dia a todos!
Sou Cynthia Machado de Passos/ Minas Gerais, Brasil
Compartilho com as reflexões do grupo. De cada comentário lido mais reflexões foram possíveis.
Interessante quando Luciana Bullamah Stoll fala que a externalização possibilita não se identificar com o problema.
Penso na quão potente é pensar acerca daquilo que o nosso paciente sofre, no sentido de fazê-lo olhar para aquilo que o faz sofrer, distanciando, questionando, flexibilizando e se desculpabilizando.
Certamente, a responsabilidade é o oposto da culpabilização.
Ok, Kawanne!
Olá! Meu nome é Letícia, sou psicóloga clínica e atendo atualmente em Uberlândia-MG.
O recurso que mais me chamou atenção nesse capítulo foi o da metáfora narrativa, de poder externalizar o problema acrescentando características a ele e transformando-o em algo mais palpável. Acredito que, dessa forma, o cliente consegue descobrir mais sobre esse problema e se tornar o real especialista sobre ele, sendo esse um dos maiores diferenciais sobre o recurso da externalização. Desde que estudei sobre esse capítulo, comecei a colocar em prática aos poucos o que aprendi, percebendo que os clientes conseguem ganhar mais autonomia sobre seus processos.
O vídeo do “cão preto” exemplifica muito bem como a descrição metafórica do problema nos auxilia a entender melhor sobre a depressão. Além disso, outros problemas que poderiam ser externalizados são a ansiedade, conflitos entre famílias/casais/instituição, um ataque de pânico, a dificuldade de prosperar, entre vários outros.
Sou de Salvador, Bahia.
O processo de externalização é novo para mim. Não sou psicólogo e achei interessante a separação da pessoa do problema.
No meu contexto posso externalizar a ansiedade e a agressividade.
E isso faz a diferença, pois os olhos como não pertencentes a mim, mas como parte de um processo.
Gostei muito!
Me chamo Bárbara Piazza. Sou psicóloga, escritora e artista independente. Falo da cidade de Curitiba, Brasil.
Acredito que o “princípio da externalização” do problema, através das etapas de nomeação deste,
identificação de suas consequências e outras conexões possíveis,
para então reconhecermos que posição verdadeiramente assumimos diante dele e, a partir disso,
reconhecer quais são nossos valores, me parece ser bastante conciliador com quem somos e com o que buscamos na vida.
O recurso de “personificação” do problema me pareceu ser bastante interessante! Como falar com as pessoas diabéticas representando o papel a Diabetes (ou Açúcar), ou dando forma à depressão – o cachorro escuro…
Me parece extremamente coerente agora falar em “princípio da autoria” como chave necessária para a conquista da autonomia sobre as nossas próprias histórias de vida.
E vejo que isso se adequa tanto a contextos em que somos lidos como vilões, como em contextos em que somos lidos como vítimas. Ou até quem sabe naqueles contextos em que nos vemos paralizados, em cima do muro, nem aqui, nem lá.
O exercício reflexivo sobre como vivemos nossas vidas e sobre como queremos vivê-las pode enfraquecer de maneira significativa processos de culpabilização, e, portanto, de não responsabilização sobre nossas vidas.
O vídeo de Mark foi muito instrutivo e interessante. Ao apresentar as ideias sobre conversações externalizadoras de White, ele segue o fluxo de pensamento de Bateson, introduz perguntas sobre os efeitos das atividades do problema na vida da pessoa e sobre a sua avaliação desses efeitos. Essas conversações consistem, primeiramente, em falar sobre o problema, sobre sua história, e produzem um efeito especial quando o problema é visto como uma entidade independente do cliente. Nomeia-se o problema (separado da pessoa); em seguida, mapeiam-se os efeitos do problema na vida da pessoa e vice-versa, o que permite um rastreamento da história do problema, colocando-o em um enredo. Quando falamos do efeito do problema na vida da pessoa e de seus relacionamentos, também estamos lidando com o efeito do problema em suas expectativas de futuro e suas esperanças. Explorar seu problema e quais as áreas da vida em que ele invade é um ponto crucial das conversações externalisadoras. Convidar o cliente a se posicionar diante do problema e questioná-lo se, por exemplo, ele seria a favor ou contra as reações e os efeitos do problema na sua vida parece ser uma ideia muito interessante para resgatar o seu sentido de agenciamento. Localizar algumas vezes os problemas na cultura, influenciados pelas relações mais extensas de poder (classe, gênero, identidade sexual, etc.), também ajuda o cliente a não se sentir deficitário. Essa é uma contribuição crucial de Foucault à Obra de White. Uma aula brilhante sobre externalização!
Excelente escrita Nina, realmente a contribuição de Foucault, principalmente no que tange ao biopoder e aos discursos políticos de poder, são as chaves mestra para pensarmos os fundamentos da terapia narrativa.
Rio de Janeiro – BR
O recurso que mais chamou minha atenção foi perceber que a externalização permite um mapeamento mais claro e distanciado das práticas e hábitos que sustentam um adoecimento, ao contrário, da identificação com diagnósticos e estigmas que levam a uma desvitalização da pessoa. Achei isso importante porque além de contextualizar quando o problema surgiu e como ele influencia as áreas da vida, como na clínica convencional, a terapia narrativa amplia o discurso dos sujeitos com a personalização até que o foco seja o que ele tem que o habilita a ser “mestre” da resolução dos efeitos e por isso não traz uma ligação com a sua identidade. No meu contexto, muitas discussões familiares sobre divisão de bens e tarefas do dia a dia poderiam ser evitadas externalizando os sentimentos de cansaço comum a todos, pois faria uma diferença imensa entender que as discussões assumiram o domínio as nossas vidas, minimizando até possíveis ressentimentos.
E aí, como vocês estão? 🙂 Aqui é Marcelo Souza, sou especialista em terapia com casal e família pelo ITFSP e falo de Mirassol – SP/Brasil.
Qual recurso deste capítulo chamou particularmente sua atenção e por quê?
A externalização do problema e a conversa sobre valores, foram as intervenções terapêuticas de conteúdo que mais fizeram diferença pra minha prática como terapeuta até agora.
Que tipo de problemas podem ser externalizados em seu contexto?
O meu contexto de trabalho é a clínica e nesses tempos atuais em meio a pandemia e isolamento social que estamos vivendo, tem sido muito útil oferecer para os clientes que atendo na modalidade de terapia narrativa de sessão única, a possibilidade de externalizar a Covid-19 e ter uma conversa direta com o Coronavírus.
Que diferença isso pode fazer?
Trabalhar na clínica a partir desse novo enquadre teórico, tem sido um potente recurso terapêutico pra me inspirar a fazer mais perguntas, que ajudam a manter o diálogo em movimento e também a ter mais conversas férteis, que fazem sentido para as pessoas atendidas.
Marcelo, gostei desta ideia de externalizar o COVID-19. Tenho co-autores que estão entrando em desespero, como se já estivessem sido contaminados, esquecendo que vírus está fora. Internalizaram discursos da mídia, políticos e autoridades de tal forma que estão adoecidos.
Manoel Vasconcellos Gomes, Psicólogo e Filósofo, Rio de Janeiro
Qual recurso deste capítulo chamou particularmente sua atenção e por quê?
Achei espetacular os modos apresentados por Mark Hayward, sobre a externalização de problemas, baseados no livro de Michael White, Mapas da Prática Narrativa, uma vez que ele mostra na sua prática como trabalhar com estes instrumentos de externalização
Que tipo de problemas podem ser externalizados em seu contexto?
Na minha prática clínica há bastante problemas a serem externalizados, uma vez que muitas teorias e conceitos foram internalizados de forma a se tornarem “naturais” e não como resultado de um discursos acadêmicos.
Que diferença isso pode fazer?
Ver estes discursos acadêmicos como produzidos e ter com eles maiores diálogos, em comparação com outros
A externalização sempre foi uma coisa que me encantou muito nas práticas narrativas. Acredito que é possível trazer essa prática para qualquer contexto da vida comum. Separar a pessoa do problema nos ajuda a enxergá-las como sendo inteiramente capazes de também criar recursos para lidar com ele. Dessa forma, unimos os que lutavam uns contra os outros para que passem a entender juntos a relação e os efeitos que o problema causa. Assim, temos uma infinidade de novas histórias alternativas que podem ser criadas. Gostei que o módulo ressaltou a externalização também de coisas boas como o que são consideradas qualidades, para que possam também nos ajudar a criar histórias alternativas.
Olá,
eu gostei muito de como o mapa serve como uma ferramenta para visualização de como pode caminhar uma conversa sobre externalização nos atendimentos. Gostei muito de ver como os valores podem ser trazidos por perguntas mais fáceis de serem respondidas que a própria pergunta ampla “quais são seus valores em relação a esse problema?”.
Também achei muito interessante os slides com perguntas possíveis que podem ser feitas. Todo o material deste módulo é muito bom. Muitas vezes queremos saber que outras perguntas poderíamos fazer, mas não temos repertório suficiente ainda para isso.
Gostei particularmente da pergunta: “o que este problema está impedindo que aconteça na sua vida?”. Acho que a partir desta reflexão podem ser criadas várias propostas de ação em conversas.
Falo do Rio de Janeiro, Brasil.
Achei muito interessante a prática da externalização, principalmente como uma forma de se tomar consciência acerca de comportamentos, sentimentos e vivências e, a partir disso, conseguir lidar melhor com eles. Consegui entender porque a técnica funciona muito bem com crianças e fiquei bem intrigada com a relação entre externalização e responsabilidade. Fiquei pensando na importância de se responsabilizar não somente por decisões “negativas” que afetam outras pessoas, mas também por aquilo que somos, vivemos e sentimos.
Um passo muito importante no processo de autoconhecimento é reconhecer quem se está sendo e, a partir dessa conscientização, poder decidir, ficar ou mudar, ou mesmo como atuar a partir dessa percepção. Assim, acredito que a externalização é uma excelente prática para ajudar nessa autopercepção, mas sempre devemos nos atentar para que ela não acabe por despersonalizar, “desmerecer” vivências ou tirar a responsabilidade por atos e decisões. Pois acredito ser sempre mais importante que a pessoa se reconheça naquilo que vive e sente. Reconhecer que sou a minha narrativa principal é o que me permite, inclusive, poder acessar e abrir espaço para histórias alternativas.
Não consigo parar de pensar sobre como esta prática permite que você se reconheça ao distanciar seu olhar, veja o problema como o problema e a pessoa como pessoa, ao mesmo tempo em que este problema me atravessa e por vezes me defina. E como conduzir esta conversa no limite entre responsabilização, externalização, autopercepção e influências sociohistóricas e culturais que me atravessam.
Carlos Ramalho. Amazonas, Brasil. O recurso que considerei mais relevante dentre todos neste módulo foi o mapa de declaracão de posições e também o vídeo explicativo na sequência. Esta ferramenta nos mostra uma opção clara e efetivo de caminho terapêutico que permite uma aplicação imediata e razoavelmente simples de usar. Me senti encorajado para colocá-la em prática hoje mesmo. Muito obrigado!!!
Sandra Mara de Mello – Barretos – SP. O que vem pro trás de cada história nos mostra um sofrimento. Assim como nem sempre a pessoa vê com clareza suas atitudes. Ir e voltar no mapa, respeitando o entendimento da pessoa.
O que mais me chamou a atenção foi o fato de não nomear o problema, para que o paciente possa ter a possibilidade de externalizar sentindo poder e domínio sobre a situação apresentada, fica uma relação mais próxima e facilitadora, conduzindo de forma mais leve.
Percebo que posso usar a externalização principalmente na resolução de conflitos familiares, em situações de medos e ansiedade.
Este processo pode acelerar a identificação da situação chamada de problema, como ela influencia a vida da pessoa e a partir deste entendimento a possibilidade de mudanças e novas narrativas sobre a mesma história.
Marinalva Maria Velasquez Campo Grande MS Brasil.
O que mais me impressiona até aqui é o impacto causado na vida das pessoas pela internalização dos problemas, pelas histórias únicas, pela visão única sobre o que a pessoa é.
Uma vez que a pessoa se vê como uma coisa só, e essa “coisa” é um problema, entra num beco sem saída, pois todas as suas dimensões e potências ficam obscurecidas por essa percepção. Como uma ferramenta, a meu ver, a externalização deve ser uma forma de ajudar o outro a se perceber como uma pessoa que tem características que podem ser trabalhadas, mudadas, ampliadas, e até extintas, sem que isso implique ameaça para si.
Beatriz Pires Coltro, de Florianópolis-SC. A prática da externalização parece ser um bom ponto de partida no me contexto de trabalho – intervenção com pais para promoção de parentalidade positiva. Penso que externalizar as dificuldades parentais e as práticas de punição severa e abrir espaço para a discussão de narrativas alternativas pode ajudar pais e mães a se sentirem mais agentes e autônomos na prática parental. Ao mesmo tempo, pode redimensionar o tamanho do problema que enfrentam em face da relação que constroem com os filhos.
Florianópolis, SC. A externalização do problema é uma prática narrativa riquissima e muito útil. Em minha experiencia como terapeuta famioiar e individuql já a utilizei com c ianças, adultos e famílias. Em todos os contextos ela possibilitou conversações sobre o problema e identificação de recursos individuais e familiares para enfrentar as dificuldades.
“A pessoa não é o problema, o problema é o problema”, parece uma ideia tão simples, mas que pode movimentar, enriquecer e desconstruir historias de um modo único.
Brasil, São Paulo – São Paulo
O que mais me chamou a atenção foi o mapa de declaração de posição e a forma em que as perguntas são colocadas. A maneira de ir auxiliando a pessoa a entender o que acontece e ao mesmo tempo abrindo espaço para que ela se sinta segura para colocar suas próprias questões. No meu contexto posso utilizar esse recurso na educação emocional das crianças e adolescentes. Acredito que este recurso pode me ajudar a ter mais objetividade em como conduzir o processo, uma vez que a pessoa vai fornecendo o que pensa, seus valores e aos poucos vai se conhecendo melhor e caminhando com mais fluidez.
Essa parte do curso é bastante interessante para mim e–acredito que uma das que eu mais me conecto–porque, quando pequeno, eu convivia com dificuldades na escola; já havia sido retirado de sala várias vezes e suspenso, até.
A Lúcia Helena certo dia perguntou qual era minha brincadeira favorita, e eu respondi que era Pique-Esconde, e disse que gostava bastante de me esconder. Ficou combinado de que, quando eu estivesse sentindo o problema por perto, que era para eu brincar de me esconder, assim, conseguia ver as aulas sem ter risco de ser retirado de sala ou suspenso.
Não sei se consegui explicar de uma forma que dê para entender, mas foi uma forma de externalização que eu me lembro até hoje, e com esse módulo, trouxe essa lembrança de volta.
Este módulo despertou reflexões sobre como a Externalização pode permitir conversas terapêuticas, além do foco nos problemas. Reconhece os valores, os contextos sócios-culturais dos indivíduos e os efeitos dos problemas em suas vidas. O terapeuta não mais como especialista, faz uso das perguntas, desperta interesse e engajamento em uma conversa viva. Distancia o problema para ampliar o entendimento que se tem e explorar novos posicionamentos e ações.
Brasil, São Paulo. Penso que o mapa é como uma bússola que vai guiando o Terapeuta na conversa ao mesmo tempo que amplia a possibilidade da pessoa olhar para o problema , pensar sobre seus efeitos, se posicionar frente a questão e redirecionar sua história.
Sandra. RJ, Brasil. A tabulação da conversa em um gráfico que passeia pelas quatro áreas de conversação e ampliação do olhar sobre o assunto tema da conversa foi um recurso que chamou bastante atenção, pelas possibilidades de orientar e aperfeiçoar estratégias de conversação visando o enriquecimento narrativo a partir da experiência da pessoa enquanto autora de sua própria história.
Neste capítulo, mas não só, em toda Prática/Terapia Narrativa, o que me desperta muita atenção, inicialmente, é que o profissional não se coloca como o único detentor do conhecimento. Ao contrário das abordagens mais conhecidas da Psicologia, aqui o profissional coloca-se em um mesmo nível que a pessoa que busca a sua ajuda. O interesse genuíno pela busca, pelo desconhecido. Compreender que é a pessoa que melhor conhece os seus “problemas”. Em segundo lugar, a externalização do problema, algo que também foge de todo um padrão social que nos é imposto desde o momento em que nascemos e que a Psicologia, fazendo uso de seus DSMs e CIDs da vida, vem replicando e reforçando na vida dos indivíduos por mais de um século. As pessoas não são apenas os seus problemas, somos muito mais que isso. O uso dos mapas, como nos traz Michael White, é uma ferramenta muito poderosa para nos ajudar a mudar paradigmas, a refinar nossa compreensão desse novo mundo!
Olá, meu nome é Mylena, sou estudante do 4° período de psicologia, do Rio de Janeiro RJ-BR. Um recurso que me chamou atenção neste capítulo foi reconhecer os efeitos do problema na vida da pessoa e nomear tal problema, isso porque, para mim, não é algo fácil de ser estabelecido (até porque já prevê a externalização do problema e, muitas vezes, nos entendemos como também parte do problema; “o viciado”, “o depressivo”). Esse convite a se entender fora do problema e nomeá-lo é, além de rico, muito importante para que a pessoa consiga perceber os efeitos do problema e se sentir mais capaz de supera-lo ou combate-lo, já que não está inerente a sua pessoa. Acredito que grande parte (ou quem sabe todos) dos problemas podem ser externalizados, tudo depende da perspectiva, “a pessoa NÃO é o problema, o problema é o problema”.
São José do Rio Preto, estado de São Paulo. O formato e a valorização da história do cliente/comunidade é sem dúvida um aspecto muito importante no trabalho da Terapia Narrativa. É encantador ver a descrição do Mark sobre a importância de tirar a culpa ou o problema da pessoa, a análise de um problema tão sério como o diabetes ser tratado de um forma tão lúdica. Como alguns colegas do curso já citaram acima, a externalização é uma ferramenta poderosa demais… e já vi que vem muita coisa boa pela frente. A cada capítulo fico mais encantado com o quanto podemos fazer diferente para contribuir com as pessoas. Já tenho melhorado até a minha forma de conversar com as pessoas, ouvindo mais e apreciando outras histórias que vão surgindo de acordo com as perguntas “diferentes” que tenho utilizado. Obrigado Reciclando Mentes, Obrigado Dulwich Centre…
Sou de Guabiruba, Santa Catarina.
Como várias pessoas mencionaram acima, o que me chamou a atenção é como o processo de externalização propicia uma maior abertura para falar do problema e se reconhecer e conhecer nesse contexto.
Achei super pertinente essa questão da responsabilização em casos de abuso, violência. Acredito que o mapa se fez importante nessa hora, pois permitiu uma maior segurança em continuar o trabalho…
Sou de Salvador, Bahia. O recurso da Externalização abre muitas possibilidade para abordar problemas e discutir questões que seriam difíceis de serem abordadas. É realmente um caminho que com a demonstração prática da Declaração de Posição Mapa 1 apresentada pelo Professor Mark foi possível compreender como realizar essa importante ferramenta para ajudar pessoas a seguirem seus caminhos com mais responsabilidade e consciência. Parabéns. Fiquei encantada.
Meu nome é Laura de Mattos Machado, o recurso que eu achei mais interessante foi o da Bárbara, onde ela se apresenta como uma personagem , o açúcar, fazendo com que as pessoas tivessem conversas diretas com os seus próprios problemas. O recurso do cão negro da depressão também foi muito interessante, quando ele faz isso, de criar um personagem para a depressão, ele tira a depressão de dentro dele e externaliza, coloca ela para fora, abrindo possibilidades de lidar com ela de maneiras diferentes, fazendo dela um personagem, onde ele conversa com esse personagem, entende melhor quais são suas origens e tentando fazer dela sua amiga, mostrando que ele não é a depressão, ela é apenas uma parte dele.
Olá, sou a Isabel de Sarandi no Paraná- BR.
O recurso da externalização, apresentado nesse capitulo é interessante, na medida em que desconstrói a ideia culpabilizadora de internalizar os problemas aos sujeitos os estigmatizando. E passa a entender os problemas como produtos da cultura e da história.
Isso permite aos sujeitos a possibilidade de transformar suas historias por meio de seus valores e habilidades para enfrentar o problema. Além de permitir entender que a real causa do problema esta na sociedade.
Dessa forma, substituir o adjetivo pelo substantivo durante as conversas, é muito mais significativo do que aparenta. Consiste em uma ação politica de reconhecer as causas dos problemas na sociedade e não nos sujeitos.
Assim, problemas como a ansiedade, depressão, insegurança e tantos outros estigmas sociais, podem ser externalizados gerando um leque de possibilidades de enfrentamento que não estão disponíveis quando o problema esta localizado dentro da pessoa. Isso pode produzir alivio, uma vez que, a pessoa percebe que não é o problema e sim convive com ele, tendo a capacidade de enfrenta-lo, pois possui habilidades, valores e historias além da história marcada pelo problema. Deste modo, a externalização aumenta a autonomia da pessoa em relação ao enfrentamento do problema, a colocando na posição de especialista na situação.
Um recurso interessante apresentado pelo capitulo, é o mapa de 4 passos para a externalização da narrativa. Que nos fornece ótimos recursos para saber como conduzir a conversa de externalização para que elas possibilitem a apresentação do problema, identificando as áreas que ele afeta na vida de pessoa e também o que o mantem. Além de auxiliar na identificação de valores e planos para o futuro de ajudam a pessoa a enfrentar o problema de forma autônoma e responsável, vislumbrando a possibilidade de uma vida futura com historias diferentes da marcada pelo problema.
Olá, falo de Ribeirão Preto – SP. Achei muito interessante este capítulo, principalmente ao falarmos sobre externalização não somente de problemas, mas de outros aspectos, como uma forma de ampliarmos a perspectiva.
A externalização auxilia o paciente a compreender que o problema não é ele e, dessa forma, a possibilita uma maior abertura da pessoa para falar sobre o problema o que o auxilia a buscar caminhos alternativos para resolução do problema.
Uberaba, Minas Gerais. Reconhecer que o problema é externo a pessoa é um processo complexo mas extremamente potente. Abre caminhos para novas compreensões a respeito dele, ajuda a vê-lo sob outros primas e, consequentemente, ajuda a pensar em outras formas de superá-lo. Sobretudo quando o problema persiste já há bastante tempo, que normalmente é o caso, já que é o que faz a pessoa procurar psicoterapia. Além disso, contribui com a ideia de reautoria da própria história.
Meu nome é Rafaella, sou de Franca-SP. A possibilidade de dar maior autoridade para o cliente falar sobre o problema é algo que considero muito potente e necessário. É um convite para que os profissionais abandonem um lugar de onipotencia, por vezes tão prejudicial. Assim, o recurso da externalização também surge como um contexto de maior compreensão dos motivos que levam a pessoa a psicoterapia, além de também empregar uma lógica voltada para ação e mudança.
É muito importante pensar como a externalização ajuda a pessoa a se ver separada do problema, entender a influência desse problema na sua vida, e se perceber como capaz de construir formar para lidar com esse problema. Muito importante também pensar sobre os problemas coletivos e as maneiras coletivas de lidar com isso, visto que a individualização pode muitas vezes ser prejudicial e culpabilizadora, achei esse recurso muito potente para a construção de ações e de significados que podem ter um efeito mais assertivo sobre esses problemas.